Família pega sarna humana e pede ajuda para comprar medicamentos

Por Gyovanna Soares em 18/02/2022 às 10:26

Reprodução/PgInfomídia
Reprodução/PgInfomídia

Escabiose, a sarna humana, está de volta em Praia Grande. Uma família de nove pessoas está com a doença. Entretanto, dois estão em situação mais críticas.

Em conversa com o Santa Portal, a moradora do Bairro Vila Sônia, Stefanny Albuquerque, diz que toda família ainda está com coceira, mas nada ‘atormentador’ igual nela e no seu filho de cinco meses, que está com a doença desde o terceiro dia que estava em casa, após a maternidade.

“À noite não dormimos por causa da escabiose, ele só dorme pela manhã. Eu não durmo de preocupação, por não ter as coisas para ele e os irmãos”.

Uma dermatologista atendeu o seu filho voluntariamente. Com isso, o que antes ele precisava de internação, hoje já se encontra melhor e fazendo tratamento em casa. No entanto, um frasco de 200ml do medicamento necessário custa mais de R$ 100.

“Se não fosse essa medicação ele não teria tido melhora. Por duas vezes a dermatologista conseguiu nos dar (o remédio), da terceira vez, depois de pedir ajuda, consegui com outra moça. Mas essa é a minha realidade”, explicou Stefanny.

Amamentação

Stefanny ainda se encontra com sarna nas mãos, no colo e nos seios, inclusive, está tendo que amamentá-lo nessas circunstâncias pois não tem condições financeiras de comprar leite.

“Não consigo trabalhar fora porque quem vai dar emprego para alguém que tem sarna até na mão? Minhas pernas se coloco uma roupa mais curta, é nítido. Mas minha aparência física não ligo, eu só queria melhorar para poder trabalhar e dar o digno pros meus filhos. Mais cedo, os mais velhos me pediram pão e biscoito ao acordarem, algo simples para muitos, mas para mim foge da minha realidade, pois não tenho como”, lamenta.

Por fim, quem puder ajudar, entre em contato pelo telefone: 13 99644-9878.

Resposta da Prefeitura de Praia Grande

Em nota, a Prefeitura de Praia Grande diz que escabiose não é uma doença de notificação, portanto, a cidade não tem dados. Até o momento, afirma não ter indício de infestação em nenhum bairro.

Praia Grande possui 30 Unidades de Saúde da Família (Usafas) que garantem 100% da cobertura do território. E todas as equipes estão orientadas a, caso surjam casos de escabiose, tratar de forma mais precoce possível.

De acordo com a prefeitura, o tratamento inclui medicamentos disponíveis na rede pública e orientações sobre higiene pessoal e do lar. Então, caso a pessoa apresente sintomas, deve procurar a Unidade de Saúde da Família mais próxima de sua residência.

Além disso, Stefanny disse que “queria mais atenção do poder público, pois para passar no pediatra agora é só de três em três meses”. Entretanto, de acordo com a Prefeitura de Praia Grande, as Usafas estão à disposição da população de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, a qualquer momento, mesmo que a pessoa tenha passado por consulta recentemente.

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