Família decora o carro em comemoração a última quimioterapia de idoso e recebe apoio
Por Laila Aguiar em 26/09/2022 às 21:30
Buzinas, normalmente usadas para a comunicação no trânsito, passaram a ser uma comemoração coletiva pelo fim da quimioterapia do Osvaldo Fajardo. A comemoração aconteceu na última quinta-feira (22) quando o paciente e a família saíram pelas ruas de Santos rumo à São Paulo para realizar o último dia do tratamento.
Andressa Hernandes Fajardo, filha do Osvaldo, pensou que a comemoração deveria ser especial, mas não imaginava que seria com o apoio de muitos motoristas que passavam por eles. “Não tinha um que não passava pela gente que não buzinasse. Era o tempo inteiro”, relata.
De acordo com Andressa, o pai recebeu o diagnóstico de que precisaria fazer 18 sessões de quimioterapia a cada 15 dias. O tratamento deveria ser realizado por conta de um câncer nos ossos da bacia. Porém, o número de sessões acabou diminuindo para dez.
Osvaldo, de 71 anos, já passou por outros cânceres, tendo que fazer duas cirurgias. Porém, segundo a filha, ele sempre foi um homem de muita fé e dizia que “dois joelhos no chão vale mais que mil em pé.”
Apesar do tratamento ser cansativo e ter o seus efeitos colaterais, a filha relata que o idoso procurava se manter positivo e bem. “Parecia que ele ia para o hospital tomar sustagem.”
O tratamento foi feito em um hospital particular e custeado pelo Adriano Hernandes Fajardo, filho do Osvaldo. Andressa afirma que ter realizado o tratamento particular foi essencial para a evolução do pai.
A última quimioterapia
O carro foi decorado após Andressa conversar com o marido de que queria que esse encerramento do ciclo fosse comemorado de uma forma diferente. “Falei para meu marido que precisaria fazer algo especial.”
A filha solicitou a ajuda dos familiares por meio de um grupo em um aplicativo de mensagem e todos deram ideias.
Com a comemoração em mente, Andressa decorou o carro com a frase “última ‘químio’ do Osvaldo. Buzina aí”. Com tanto apoio, o aposentado chegou a se perguntar se conhecia todas as pessoas que passavam e comemoravam com ele. “Meu pai não acreditava, ficou muito emocionado”
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