13/08/2015

Estudo inédito da Unesp mostra que 84 praias foram poluídas por óleo

Por #Santaportal em 13/08/2015 às 12:17

LITORAL NORTE – Um estudo inédito da Universidade Estadual Paulista (Unesp)mostrou que 84 praias do Litoral Norte foram poluídas por derramentos de óleo em 22 anos. As cidades mais atingidas foram São Sebastião, Caraguá, Ubatuba e Ilhabela– entre 1974 e 1996, período analisado por estudantes do Departamento de Geologia Aplicada do Instituto de Geociências e Ciências Exatas da Unesp, em Rio Claro.

Por meio destes mapeamentos das áreas afetadas foi possível a origem do Atlas de Sensibilidade Ambiental ao Óleo no Litoral Paulista. O documento está disponível para consulta na internet, por meio de link .

O levantamento de dados foi realizado entre 2006 e 2010 e a editoração do atlas foi concluída em 2013. Coordenado pela professora Paulina Setti Riedel, do Departamento de Geologia da Unesp de Rio Claro, o trabalho produziu 128 Cartas de Sensibilidade Ambiental a Derramamento de Óleo, sendo 121 operacionais e sete táticas.

Com o estudo foi possível registrar os cinco maiores aidentes que mais afetaram a costa paulista, em função do volume vazado e da abrangência de áreas sensíveis atingidas.

São Sebastião foi a cidade mais atingida, pois sedia um porto e um terminal da Petrobras. Em 1974, houve a colisão do navio Takimyia Maru com corpo rochoso no canal de São Sebastião, com vazamento de 6.000 metros cúbicos de petróleo, afetando praias e costões de Ubatuba.Com a mesma quantidade de óleo e no mesmo canal, em 1978, foi registrado a colisão do navio Brazilian Marina com rocha submersa.

O rompimento de um oleoduto na linha São Sebastião-Cubatão, em 1983, jogou 2.500 m³ de óleo no mar, poluindo manguezais, praias e costões do canal de Bertioga.

Já a colisão do navio Marina com píer do terminal no canal de São Sebastião, em 1985, provocou vazamento de 2.500m³ de óleo, afetando praias e costões do Litoral Norte.

Em 1994, o rompimento do oleoduto na linha São Sebastião-Cubatão, nas imediações do costão do navio, trouxe vazamento de 2.700 m³ de óleo, afetando praias, costões e vegetação de São Sebastião.

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