12/03/2017

Em Genebra, Dilma nega propinas e defende Lula para 2018

Por ANSA em 12/03/2017 às 14:41

SUÍÇA – A ex-presidente Dilma Rousseff disse ontem (11), em Genebra, na Suíça, que é “muito importante” garantir a Lula a possibilidade de ser candidato nas eleições de 2018. Destituída por um impeachment no ano passado, a petista disse que não será candidata, mas que lutará para que Luiz Inácio Lula da Silva, seu mentor e predecessor, possa concorrer e vencer.

“A campanha começa hoje”, afirmou Dilma, durante uma coletiva de imprensa por ocasião do Fórum Internacional de Direitos Humanos que ocorre em Genebra.

Questionada sobre o escândalo de corrupção da empreiteira Odebrecht e os processos que citam o líder petista como um dos envolvidos nos esquemas, Dilma Rousseff negou todas as acusações e exigiu “provas”. Sua chapa presidencial eleitoral, composta pelo atual presidente Michel Temer, também está sendo alvo de investigações por suposto recebimento de caixa 2.

Diretores e delatores da Odebrecht afirmaram em depoimento que pagaram mais de R$100 milhões em propinas para financiar a campanha da petista.

“Nunca pedi propina, nunca recebi propinas e, de fato, nunca falei com todos aqueles que agora estão sendo investigados ou presos por terem pago propinas”, garantiu a ex-presidente, que ainda completou: “Eu sou uma pessoa que precisa ver as provas. Se alguém acusa outra pessoa de algo, é preciso estar baseado em provas, e não em declarações”, destacou.

Dilma Rousseff foi recebida como “popstar” no fórum suíço e recebeu longos aplausos. A ex-presidente participou de um debate sobre a luta contra a miséria e a fome, apresentando medidas adotadas em seu governo e no de Lula no Brasil, como o “Bolsa Família”. A intervenção de Dilma foi encerrada com gritos do público de “Fora Temer”.

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