Destaque da natação brasileira, Felipe França é apresentado pela Unisanta
Por Camilla Aloi/Colaboradora em 15/02/2017 às 16:19
NATAÇÃO UNISANTA – O time de natação da Unisanta apresentou na manhã desta quarta-feira (14) o seu sexto reforço para o início do Ciclo Olímpico Tóquio-2020. O campeão mundial Felipe França, especialista em nado peito, chega para completar a equipe ceciliana.
Uma das principais contratações da Instituição para este ano, Felipe já caiu na piscina e vestiu a camisa da Unisanta, que recebeu das mãos das atletas Ana Marcela e da argentina Julia Sebastian.
“Eu já conhecia há anos a Unisanta. Sempre conheci os atletas que treinavam aqui, como o Nicolas Santos. Eles sempre falaram muito bem, que o pessoal é gente boa e que é muito flexível. Então, isso chama muito a atenção e as pessoas querem fazer parte desta casa. E isso foi uma das coisas que mais me chamou a atenção para vir pra cá”, comentou o atleta durante a coletiva de imprensa realizada no Consistório da Universidade.
Márcio Latuf será o treinador de Felipe França. Técnico de natação há 30 anos da Santa Cecília, esbanjou elogios ao atleta. “Eu não tenho duvida nenhuma que o Felipe é um dos maiores nadadores do país, ou até dizer que é o melhor do país. Ele foi 7º lugar nas Olimpíadas. Poucos atletas do Brasil, nas Olimpíadas agora, pegaram uma final A (prova onde ocorrem as disputas por medalhas). Além disso, ele nada uma prova que no Brasil era uma das piores provas do cenário nacional e hoje é a prova mais difícil. Eu tenho convicção clara de que ele vai trazer muita coisa boa aqui pra Unisanta”, afirmou o treinador.
E os elogios não foram à toa, afinal, o novo reforço carrega na bagagem muitas medalhas de ouro e recordes mundiais. Disputou as três últimas edições dos Jogos Olímpicos. Na Rio-2016, Felipe quebrou o recorde sul-americano dos 100m peito com a marca de 59s01, o terceiro melhor tempo das eliminatórias. Ele chegou até a semifinal e ficou com a sétima colocação. O atleta ainda foi ouro na prova de 50m peito, no Mundial de Dubai e Xangai, em 2010 e em 2011, respectivamente. Além de conquistar ouro também nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, no ano de 2015, e mais cinco medalhas no Campeonato Mundial de Piscina Curta que aconteceu em 2014, no Catar.
Agora, como atleta da Santa Cecília, o primeiro desafio que ele tem pela frente é o Maria Lenk. A competição será realizada no dia dois de maio. “O mundial de Budapeste é o meu foco, mas a gente precisa passar por etapas. A gente tem o Maria Lenk daqui três meses, eu estou focando nesta competição agora, para consagrar o indice para o Mundial”, disse o nadador, que completará 30 anos em maio, e garantiu que a sua idade vai favorecer na disputa das Olimpíadas de Tóquio-2020.
“Eu creio que sim (a idade vai favorecer). A gente vê na vida do Nicolas Santos que o cara com 37 anos e ainda está na ativa. Eu cheguei no meu auge, mas ainda não cheguei onde eu sei que posso chegar. Então a gente sempre trabalha para fazer o nosso melhor. Mas eu tenho certeza que em 2020, com a experiência de três Olimpíadas, eu creio que dá para trazer uma medalha e até ganhar”, completou.
Unisanta trouxe nomes de peso
Além de Felipe, mais cinco atletas de alto nível foram cotratados este ano pela Instituição. Joanna Maranhão, Leonardo de Deys, Carol Bilich e thiago Simon reforçam o time para o Projeto Tóquio-2020.
Segundo o Pró-Reitor administrativo da Unisanta, Marcelo Teixeira, a atual equipe está entre as três melhores do país. “Acho que são reforços muito significativos no aspecto técnico. São exemplos e referencias nas suas provas, mas acima de tudo, nós acreditamos no potencial deles. Vou me atrever a dizer que o Santa Cecília hoje está brigando pelos títulos das principais competições nacionais. A esperança é de que não só os atletas de ponta, mas como as revelações de novos talentos possam nos trazer um maior número de medalhas nas Olimpíadas de Tóquio”, declarou.