31/12/2016

Desastre da Chape foi a tragédia do ano; mortes de personalidades também marcaram 2016

Por #Santaportal em 31/12/2016 às 20:08

RETROSPECTIVA – O ano de 2016 foi considerado por muitas pessoas como um ano “pesado”. Mortes de grandes artistas, de personalidades do mundo da política e, também, grandes tragédias marcaram este ano que se encerra a partir da 0h de domingo (1º). O #Santaportal destacou algumas das principais perdas neste ano.

A primeira grande personalidade que nos deixou em 2016 foi o cantor britânico David Bowie , que morreu no dia 10 de janeiro, aos 69 anos. Ícone de várias gerações, Bowie ficou famoso em 1972, com o lançamento de “The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars”. Entre seus sucessos estão “Let’s Dance”, “Space Oddity”, “Heroes”, “Under Pressure”, “Rebel, Rebel”, “Life on Mars” e “Suffragette City”. Além de cantor, David Bowie também fez trabalhos como ator. Ele chegou a atuar nos cinemas e na Broadway na década de 80.

A música, aliás, foi uma das áreas que mais sofreu com a perda de grandes talentos. No Brasil, a principal delas foi a de Cauby Peixoto, que faleceu aos 85 anos. Nomes como Leonard Cohen, que também era poeta e escritor, além dos ícones da música pop como Prince e George Michael também nos deixaram em 2016.

Na TV e no cinema, outros nomes importantes como os atores Alan Rickman, Anton Yelchin, Bud Spencer, Peter Vaughan e Gene Wilder – o primeiro Willy Wonka, de “A Fantástica Fábrica de Chocolates” –, bem como o diretor italiano Ettore Escola, foram mortes sentidas pelo público.

Porém, duas mortes no fim do ano ganharam muito destaque. Na última semana do ano, a atriz Carrie Fisher, que se notabilizou por ter interpretado a Princesa Leia em vários filmes da saga Star Wars, veio a óbito aos 60 anos. Um dia depois, tragicamente, a sua mãe, a também atriz Debbie Reynolds , não suportou a dor de perder a filha e também faleceu.

Debbie morreu apenas 24 horas após Carrie. Uma das últimas “rainhas” de Hollywood, Debbie Reynolds teve seu primeiro grande papel de destaque no clássico Cantando na Chuva, de 1952, com Gene Kelly. Ela foi indicada ao Oscar pela atuação no filme A inconquistável Molly, de 1964. Outros longa-metragens de destaque que participou foram Será que ele é? (1997) e O Guarda-costas (1992).

O comediante mexicano Rubén Aguirre , que ficou famoso no Brasil por ter interpretado o Professor Girafales, do seriado Chaves, também deixou os fãs tristes, ao partir com 82 anos de idade.

No Brasil, o diretor Héctor Babenco – que era argentino, mas radicado no país -, o ator Guilherme Karam, a atriz e modelo Elke Maravilha, o comediante Orival Pessine – que deu vida ao personagem Fofão, dentre outros.

Porém, a grande tragédia envolvendo o mundo das artes no Brasil envolveu o ator Domingos Montagner . No auge da carreira, interpretando o personagem Santo, na novela Velho Chico, da Rede Globo, Montagner morreu aos 54 anos.

Montagner havia gravado algumas das últimas cenas da novela “Velho Chico”, da TV Globo, pela manhã. Após o almoço, ele resolveu aproveitar a folga para dar um mergulho no rio, com a sua colega de elenco, a atriz Camila Pitanga. Desesperada, Camila avisou a produção da novela. O Corpo de Bombeiros foi acionado e passou a realizar buscas junto à Polícia Militar. No entanto, o corpo do ator foi encontrado preso às pedras, a 30m de profundidade, em Canindé de São Francisco, que fica na divisa entre os estados de Alagoas e Sergipe.

O jornalismo também perdeu referências na profissão, como Geneton Moraes Neto e Goulart de Andrade. O cirurgião plástico Ivo Pintaguy também morreu neste ano, além dos escritores Umberto Eco e Ferreira Gullar.

O arcebispo emérito da Arquidiocese de São Paulo, Dom Paulo Evaristo Arns , faleceu aos 95 anos. O trabalho pastoral de Arns foi voltado principalmente aos habitantes da periferia, aos trabalhadores, à formação de comunidades eclesiais de base nos bairros e à defesa e promoção dos direitos humanos. O portal Memórias da Ditadura, do Instituto Vladimir Herzog, relata parte da atuação do cardeal, que ganhou destaque já em 1969, quando passou a defender seminaristas dominicanos presos por ajudarem militantes opositores.

Na política, o ex-primeiro ministro de Israel, Shimon Peres, partiu aos 93 anos. Peres foi um dos políticos mais influentes de sua geração, tendo inclusive sido o vencedor do Nobel da Paz, em 1994. Porém, a morte do ex-presidente de Cuba, Fidel Castro , aos 90 anos, atraiu as atenções de todo o mundo.

Líder da Revolução Cubana, Fidel fez surgir uma nova Cuba devido a uma série de reformas econômicas e do rompimento de relações comerciais com os Estados Unidos, há mais de meio século.

O boxeador Muhammad Ali, que há 30 anos havia sidodiagnosticado com a doença de Parkinson, morreu em junho, aos 74 anos. Ali era conhecido como pelo título “O Maior” (The Greatest), por ter obtido três vezes – em 1964, 1974 e 1978 – o título de campeão mundial de pesos pesados em uma carreira de 21 anos. Ele ganhou o primeiro título mundial aos 22 anos, em 1964, em uma luta contra Sonny Liston, até então considerado um lutador praticamente invencível.

O lendário boxeador se destacou também por lutar abertamente – com sua língua afiada – contra o racismo nos Estados Unidos, em uma época em que os atletas negros costumavam agradar a elite esportiva branca para buscar riqueza e se transformar em celebridades.

No entanto, além da morte de Muhammad Ali, a maior tragédia de 2016 envolveu o esporte. A queda do avião que levava a Chapecoense para Medellín, onde a equipe catarinense disputaria o primeiro jogo da final da Copa Sul-Americana, contra o Atlético Nacional (Colômbia), chocou não apenas o povo brasileiro, mas como a população mundial. Na Colômbia e em vários países, muitas agremiações prestaram homenagens para os jogadores que tiveram suas vidas abreviadas pelo acidente.

O desastre aéreo matou 19 atletas da Chape. No total, foram 71 vítimas fatais, contando além dos jogadores, a comissão técnica, dirigentes do clube de Santa Catarina, membros da tripulação e jornalistas.

Dentre os atletas da Chapecoense, apenas o lateral-esquerdo Alan Ruschel, o zagueiro Neto e o goleiro reserva Jackson Follmann sobreviveram. O outro brasileiro que saiu com vida deste episódio foi o jornalista Rafael Henzel.

A queda do avião da LaMia, uma empresa boliviana especializada em voos fretados de equipes de futebol, está sendo investigada por autoridades de seu país e da Colômbia, local da queda. Em uma investigação independente do governo da Bolívia, o piloto Manuel Quiroga e a empresa foram responsabilizadas pela queda – já que o plano de voo e a autonomia de combustível eram exatamente iguais, o que é proibido por diversas regras internacionais.

Já a Aeronáutica Civil da Colômbia anunciou que a aeronave voava com carga extra e que a “pane seca” foi a responsável pela queda do voo – ou seja, o avião ficou sem combustível.

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