Delivery ganha força e restaurantes da região aderem ao formato
Por Anna Clara Morais em 26/04/2025 às 06:00

No início deste ano, o iFood apontou um aumento de 37% na entrada de novos restaurantes na plataforma. O índice ficou caracterizado como o mais alto da história da companhia. A alta, de acordo com donos de estabelecimentos da Baixada Santista, é o início de um movimento que veio para ficar.
O ingresso no aplicativo foi composto, em sua maioria, por pequenos e médios negócios, como é o caso do Um Teco de Sabor Bistrô, restaurante focado em marmitas saudáveis. Para Harianne Barros, dona do estabelecimento, no pós-pandemia, o público mudou e coube ao bistrô acompanhar o processo.
Atualmente, Harianne, que ainda trabalha com o restaurante presencialmente, já pensa em fechar as portas e focar totalmente no delivery.
“Estamos, neste momento, migrando 100% para o delivery. Acredito que isso coincide com a mudança do público. Após a pandemia, as pessoas aprenderam a ficar mais em casa e pedir mais coisas para consumir na residência”, afirma.
De acordo com a empresária, o atendimento online tem se mostrado cada vez mais lucrativo e prazeroso, o que motivou a mudança no empreendimento.
“Para ter essas duas propostas tão distintas nesse momento, preferi optar pela que está me dando mais rentabilidade e prazer”.
No entanto, diferente de quem resolveu ingressar nesse formato recentemente, há exemplos de quem sempre pensou diferente e hoje, segue se adaptando às novidades.
A Vera Amalia é um desses exemplos. Ela é dona da Doceria Amalia Marchetto há 20 anos, onde trabalha com a venda dos chamados “doces afetivos”, sobremesas que mexem com a memória afetiva de cada um, aqueles em que o cheiro e o sabor despertam uma lembrança boa da infância. E, de forma espontânea, a nostalgia se misturou com a tecnologia, já que desde o princípio a empresa opera somente pelo delivery.
“Sempre foi 100% delivery. Acredito que é uma tendência que veio para ficar, é um caminho sem volta que só tende a crescer cada vez mais, pois se trata de um formato que proporciona a conveniência, a flexibilidade”, completa.
Vera conta que segue sem plano em abrir um ponto físico para consumo no local, os próximos passos envolvem o aprimoramento dos formatos com que já trabalham e continuar atendendo com cada vez mais qualidade.
“O máximo que penso é em adaptar a cozinha para um take away, ter uma recepção com alguns doces expostos para o cliente passar, pegar e levar, sem consumir”.