14/06/2018

Copa 2018: santista filho de mãe russa admite "torcida dupla" no Mundial

Por #Santaportal em 14/06/2018 às 07:56

COPA – O #Santaportal também está em clima de Copa do Mundo e encontrou um fã de futebol da Baixada Santista que está ansioso para o início do campeonato. E o mais curioso, é que sua mãe é russa.

Alexei Zagorski, de 23 anos, é estudante de logística. Filho de mãe russa e pai brasileiro, o jovem está mais do que preparado para assistir todo o evento futebolístico. Ele diz ser fã de futebol, e gosta tanto do esporte que participava de campeonatos quando criança, mas teve que largar a paixão pelo futebol para se dedicar aos estudos. “Sempre joguei, gosto bastante, mas interrompi o hobby no Ensino Médio quando comecei um curso”, contou.

O estudante tinha planos para ir à Rússia acompanhar os jogos, mas disse que algumas situações não o ajudaram a realizar o sonho de assistir ao Mundial na terra de sua família materna. “Ainda não tenho certeza se vou conseguir ir, pois os ingressos estão muito caros para quem não é cidadão russo”, afirmou.

Apesar disso, Alexei Zagorski garantiu que estará ligado junto com a TV, por onde irá assistir todas as partidas. Além da seleção brasileira, o jovem admitiu que o “sangue russo” o fará torcer por uma boa campanha dos anfitriões do torneio, que estreiam contra a Arábia Saudita, nesta quinta-feira (14). “Vou torcer para os dois: Brasil e Rússia, mesmo que (os donos da casa) não tenham tanta tradição quanto ao futebol”.

Diferenças entre Brasil e Rússia
Zagorski morou por quase três anos no país e contou que carrega algumas características como apreciar comidas como o borsch (uma sopa de beterraba), e tomar muito chá. Diferentemente dos brasileiros, os russos tem o costume de apreciar o chá sempre que podem. Desde o período da manhã até a noite, em festas e reuniões. O que também marcou sua estadia por lá foi aprender a não usar sapatos em casa, ritual ainda presente no seu dia-a-dia de volta para casa.

Alexei aproveita as férias para visitar e cuidar da avó que ainda mora na Rússia e, ao passar um tempo no país europeu, pôde notar detalhes da cultura que evidenciam os problemas enfrentados pelo Brasil. “Uma coisa que me choca é não ter medo de andar na rua lá, não ter a preocupação de que possa ser abordado por alguém armado. O perigo é outro. Eles têm medo de atentados”, explicou.

A segurança é uma questão tão primordial para os russos que todas as estações de metrô possuem um detector de bombas, além de guardas acompanhados de um cão guarda. “Fui parado diversas vezes. Mais do que possa contar”, detalhou.

Porém, para ele, uma das principais diferenças entre os dois países está no tratamento dado para a saúde pelo governo brasileiro. “Tudo acontece de maneira rápida e simples, diferentemente daqui. Temos um custo muito maior para quem não possui cidadania. Para os russos, os serviços são gratuitos. A qualidade é incomparável”, disse.

Outra diferença na opinião do estudante está no tratamento dado a políticos presos por corrupção no Brasil e na Rússia. “Ambos os lugares sofrem com a corrupção, infelizmente. Porém, se houver uma condenação lá, o acusado irá sentir na pele. Não é como o Lula, que demorou a se entregar (para a polícia) e ainda tem direito a uma sala especial na prisão. Os russos tratam estes assuntos de um jeito bem rigoroso”, concluiu.

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