10/04/2022

Conselheiro de Lula defendeu reformas e disse que Brasil tem competitividade péssima

Por Fábio Zanini/Folhapress em 10/04/2022 às 12:15

Ricardo Stuckert/Instituto Lula
Ricardo Stuckert/Instituto Lula

O economista Gabriel Galípolo, apontado como novo conselheiro de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), defendeu em live em 2020 que sejam feitas reformas que melhorem o ambiente de negócios e tornem o Brasil mais competitivo.

“Ninguém está dizendo que as reformas não são importantes. É lógico que é importante ter um ambiente de negócios mais relevante, mais seguro, menos complicado. O Brasil tem uma competitividade péssima. Tudo isso precisa ser atacado”, disse ele, durante evento do qual participou promovido pela Casa do Saber, no primeiro semestre daquele ano.

Ex-CEO do Banco Fator, Galípolo acompanhou a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, a um jantar com empresários na última segunda (4), conforme revelou a coluna Mônica Bergamo. Aos 40 anos, é apontado como representante de uma nova geração de colaboradores do partido com experiência no mercado financeiro.

No evento, Galípolo mesclou a defesa das reformas com um discurso em favor da melhor oferta de serviços públicos.

“Durante anos se disse que as pessoas tinham que morrer nas filas dos hospitais, que esse país não podia ter saneamento, que as pessoas precisavam passar o sufoco todo dia para pegar transporte público, porque o país tinha quebrado e não tinha dinheiro”, afirmou.

O economista ainda criticou comentaristas que ficam “no ar condicionado” e dizem que orçamentos do setor público são comparáveis a contas domésticas.

“Você que é feito de carne e osso e não está escrevendo uma coluninha de jornal do seu ar condicionado, sem nunca ter passado por uma situação de gerir uma empresa, parece comentarista que fica só dando pitaco, vai lá ver se você consegue tomar dinheiro emprestado. É completamente diferente. Economia de um país não é uma economia de uma casa. Uma casa não emite moeda”, afirmou.

Ele ainda que economistas que previam alta da inflação naquele momento, em razão da concessão de auxílio-emergencial pelo governo para mitigar os efeitos da pandemia, precisavam de “camisa de força”.

“O sujeito que vier falar que vai ter um excesso de demanda neste cenário eu não tenho paciência. Mais do que isso, é uma questão de sanidade mental. Como eu converso com um sujeito que vem dizer para mim que vai ter inflação num cenário de derrocada da economia como esse? É camisa de força”, afirmou.

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