19/09/2024

"Não tem 11 facadas, isso é especulação", diz advogado de suspeito de matar Igor Peretto

Por Santa Portal em 19/09/2024 às 06:00

Reprodução/Vinicius Figo e Redes Sociais
Reprodução/Vinicius Figo e Redes Sociais

A defesa de Mário Vitorino, principal suspeito do assassinato de Igor Peretto, sustenta a tese de legítima defesa. Além disso, o advogado de Vitorino rebateu informações sobre a quantidade de golpes que teriam sido desferidas contra a vítima.

“Não existe nos autos a informação (sobre a quantidade de golpes), não tem 11 facadas. Isso é uma especulação. Talvez seja a expectativa de alguém que planta essas notícias. O laudo do IML não está nos autos”, apontou o advogado Mário Badures.

Sobre a dinâmica dos acontecimentos no dia do crime, o defensor alegou que o seu cliente prestará os esclarecimentos devidos quando tiver ciência de tudo que conta no inquérito.

No entanto, ele destacou que, por meio de depoimentos colhidos pela Polícia Civil, essa tese da legítima defesa já teria sido comprovada.

“O Mário não conta isso porque não foi interrogado, a Marcelly conta isso, ela foi testemunha presencial. O Igor, na posse de um espelho, foi na direção do Mário. A investigação diz que houve luta corporal. Moradores do edifício relataram sobre a pancadaria, gritos de socorro, e falaram que chamaram a polícia. O porteiro interfonou para o aparamento, o Igor atendeu e falou que estava tudo bem. Não sou eu quem diz, a investigação diz isso”, argumentou.

Segundo Mário Badures, até o momento não existem provas que comprovariam a hipótese de um crime premeditado.

“O Igor quebrou o espelho, se muniu do pedaço do espelho e foi para cima do Mário Vitorino. O Mário se defendeu, isso é inegável. O que pode se discutir é o excesso na legítima defesa, o que é totalmente diferente de uma execução, de que ele ao seu bel-prazer quis a morte do seu melhor amigo, do seu sócio. Isso não existe, em nenhum momento, no inquérito policial”, disse.

Por fim, o advogado revelou que Mário Vitorino teme pela sua vida na prisão.

“Ele está muito assustado com as ameaças de morte que recebeu. Existe uma preocupação sobre a integridade física dele”, concluiu.

Relembre o caso Peretto

Igor Peretto, de 27 anos, foi morto a facadas dentro de um apartamento no Canto do Forte, em Praia Grande, na madrugada de 31 de agosto. A irmã e o cunhado da vítima também estavam no imóvel, mas foram embora antes da chegada de policiais militares. O edifício onde ocorreu o assassinato fica na Avenida Paris, 724.

Acionados para atender a uma ocorrência de “desentendimento” no prédio, policiais militares chegaram ao local por volta das 7h30 e foram recepcionados pela síndica. De acordo com essa testemunha, foram ouvidos muito barulho e gritos vindos de um apartamento do quarto andar. Como ninguém atendeu a campainha do imóvel, os PMs recorreram a um chaveiro para abri-lo.

No corredor e em outras partes do apartamento havia diversas manchas de sangue. O corpo de Igor foi encontrado caído em um quarto, próximo à janela. O imóvel estava bastante revirado, indicando a ocorrência de luta corporal. Com 22 centímetros de lâmina, uma faca foi encontrada no banheiro suja de sangue, sendo apreendida para ser submetida a perícia.

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