Conheça 5 dicas para se proteger e não compartilhar mentiras nas redes sociais

MUNDO VIRTUAL – Há um antigo ditado que diz que o papel aceita tudo. Em tempos virtuais é possível adaptá-lo para “o Facebook aceita tudo”. É impressionante a quantidade de histórias mentirosas que circula na rede e é compartilhada como se fosse séria. E se espalham com uma velocidade impressionante.

Uma delas fala de gatinhos bonsai, que seriam colocados em garrafas desde bebês, alimentados por uma sonda e usados como objetos de decoração. Outra diz que bananas estariam sendo infectadas com o vírus HIV. Uma terceira dá como certa a posse do deputado Tiririca caso Dilma, Temer e Cunha sejam afastados dos cargos.

Mas há outras que são verdadeiros desserviços e podem gerar acontecimentos mais sérios. Foi o caso da dona de casa Fabiane Maria de Jesus, que foi linchada no Guarujá após ser confundida com um retrato falado do Facebook de uma mulher que supostamente estaria sequestrando crianças para rituais de magia negra.

É o caso também da suposta senha invertida que pode ser usada no caixa eletrônico do banco em caso de sequestro relâmpago para avisar a polícia. Se a pessoa errar a senha três vezes, o banco bloqueia a senha e a vítima de sequestro pode sofrer represálias dos sequestradores.

Outro caso perigoso é o dos compartilhamentos de pessoas desaparecidas que nunca desapareceram. Com a intenção de ajudar, você compartilha uma farsa. Em meio a tantos casos mentirosos, os verdadeiros acabam não sendo vistos.

Humor negro, má-fé ou o contrário disso (boa fé demais)? Fato é que é possível se proteger de boatos e também confirmar as informações antes de divulga-las.

Veja 5 dicas de como evitar compartilhar bobagens da Web.

1) Use, acima de tudo, seu bom senso. Certas notícias são tão absurdas que você coloca sua própria credibilidade em jogo quando as compartilha. Ou pior: vira motivo de piada.

2) Compartilhar notícias, fotos ou informações sem checar se são verdadeiras pode até ser irresponsável, se resultar em crimes como o da moça do Guarujá que foi linchada. E em casos assim, quem compartilhou se torna co-responsável.

3) Antes de compartilhar qualquer notícia, verifique onde ela está publicada, se é uma página verdadeira, uma página humorística de notícias falsas (estilo Sensacionalista) ou um site sem qualquer comprovação de origem. Na dúvida, pesquise a notícia no Google para ver se ela foi publicada em um veículo grande.

4) Há sites especializados em desvendar boatos da Internet. O mais conhecido e eficaz deles é o E-farsas (www.e-farsas.com ). Antes de compartilhar qualquer notícia que pareça absurda, verifique se ele já não falou do assunto.

5) Sobre pessoas desaparecidas, consulte alguns dos serviços que existem, inclusive no Facebook, para divulgar os verdadeiros desaparecimentos e inclusive cessar os compartilhamentos quando a pessoa é encontrada. Uma sugestão é o Instituto Ímpar (www.facebook.com/missingpersonbrazil ).