14/03/2025

Comerciantes da região represam preços do café e ovo para não prejudicar clientes

Por Santa Portal em 14/03/2025 às 11:00

Divulgação/Abrasel Baixada Santista
Divulgação/Abrasel Baixada Santista

Dois itens básicos da rotina estão cada vez mais caros: o café e o ovo. Quem mostra isso é o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou a inflação de fevereiro (1,31%), a maior do mês nos últimos 22 anos e quase três vezes mais do que a inflação do setor de alimentação fora do lar, que registrou alta de (0,47%).

O grupo de alimentação e bebidas é um dos nove segmentos analisados e é subdividido em dois: alimentação dentro e fora de casa. Em bares e restaurantes o registro foi de (0,70%), índice abaixo da alimentação no domicílio (0,79%). 

Dentro os itens mais caros estão o ovo (15,39%) e o café moído (10,77%), que subiram muito em relação a janeiro quando o ovo nem tinha disparado e o café registrava alta de (8,56%). Porém, este mês teve queda de preços da batata-inglesa (-4,10%), o arroz (-1,61%) e o leite longa vida (-1,04%).

A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) da Baixada Santista acompanha de perto este cenário e percebeu que os comerciantes têm segurado os preços. “Vários donos de bares e restaurantes estão tendo que usar a criatividade para equilibrar os custos. Como a temporada de verão foi mais longa, além do preço dos insumos teve a contratação de funcionários. Não tem sido fácil”, conta o líder institucional da Abrasel, Luan Paiva.

Um dado que chama atenção é a inflação do lanche em comparação com a refeição. Os itens tiveram variação de 0,66% e 0,29%, respectivamente, o que sugere que os consumidores estão optando por lanches em vez de refeições completas. 

“O setor sempre busca alternativas para tentar economizar ao mesmo tempo sem repassar para os clientes. Muitos comerciantes têm negociado direto com os fornecedores um prazo de pagamento maior para tentar se segurar. Além disso, muitas vezes arcam com o prejuízo para não prejudicar ninguém”, comenta o líder de relacionamento, Guilherme Karaoglan.

Além da pressão dos insumos, a inflação disparou pelo aumento de 16,80% na energia elétrica que também pesa nas contas dos negócios do setor. “Encarece a operação e reduz a margem de lucro, ainda mais com este calorão por conta das geladeiras, freezers e ar condicionado que precisam sempre estar ligados”, conclui Luan.

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