Codesavi não paga salários atrasados e funcionários voltam a entrar em greve
Por #Santaportal em 09/06/2016 às 18:01
SÃO VICENTE – Os empregados da Companhia de Desenvolvimento de São Vicente (Codesavi) voltaram a entrar em greve hoje (9), em razão de a empresa de economia mista controlada pela prefeitura da cidade ter atrasado os salários de maio, 18 dias após se comprometer a não mais atrasar os pagamentos aos seus 1.250 funcionários, junto ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT-SP).
Os pagamentos deveriam ter sido realizados até terça-feira (7). “O pessoal voltará ao trabalho apenas com o dinheiro na conta”, comentou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil, Montagem e Manutenção Industrial (Sintracomos), Macaé Marcos Braz de Oliveira. Segundo ele, também está atrasado o vale-transporte dos trabalhadores.
Entre 7 e 21 de maio, a categoria esteve paralisada contra o atraso de pagamentos. No dia 20, em audiência de instrução e conciliação na Justiça do Trabalho, em São Paulo, a empresa havia assumido o compromisso de pagar rigorosamente em dia os salários.
O acordo prevê multa de 25% do valor de cada salário ou benefício atrasado, conforme proposta feita pelo sindicato ao juiz desembargador vice-presidente do TRT, Wilson Fernandes, durante audiência, na capital paulista, para evitar novos atrasos e greves.
Uma passeata dos funcionários do Sintracomos está prevista para amanhã (10), a partir das 7h30, saindo da Praça 22 de janeiro até a sede da prefeitura.
Audiência
Na audiência, o presidente e o gerente financeiro da empresa, José Cosmo de Jesus e Ricardo Rey Rodrigues, assinaram ata garantindo que não mais atrasariam os salários, vale-transporte, plano de saúde, empréstimo consignado e pensão alimentícia.
Eles se comprometeram ainda a entregar a cesta-básica e o vale-alimentação até o dia 30 de cada mês, com exceção da cesta de maio, que garantiram para 10 de junho.
Data-base
Desde 24 de maio, a diretoria do Sintracomos vem negociando com a Codesavi as reivindicações da campanha salarial para a data-base de maio, entre elas a reposição inflacionária e aumento real de 5%.