Cinco grupos da Baixada Santista participam do maior festival de hip hop da América Latina

Por Alanis Ribeiro em 04/07/2023 às 06:00

Reprodução/FIH2/Divulgação
Reprodução/FIH2/Divulgação

O breaking dance, popularmente conhecido como dança de rua, vem ganhando mais visibilidade na região. O maior festival de danças urbanas da América Latina 2023 (FIH2), que acontece em Curitiba de sexta (7) a domingo (9), contará com a participação de cerca de cinco grupos da Baixada Santista. 

FIH2 Festival Internacional de Hip Hop chega a 20ª edição e promove o encontro de artistas da dança nacionais e internacionais, proporcionando a troca de conhecimento e experiencias entre cada um deles, além de incentivar a liberdade para a expressão individual da dança e maneiras de se compartilhar sua linguagem universal.

O festival também contará com a participação dos coreográfos Marcelo Cirino e João Celso, que serão os convidados de honra da competição.

“Me sinto muito feliz e motivado para ir, e eu que vivo disso e tenho projeto social voltado para esse tipo de dança é um reconhecimento incrivel, a sensação que tenho é como se fosse o meu primeiro festival”, declara Cirino.

Os grupos competidores possuem como um dos princípios básicos em suas formações a inclusão social entre jovenvs e adultos das comunidades. A dança desenvolve o senso de responsabilidade e de integração no desenvolvimento profissional e individual de cada um deles.

Conheça os grupos da Baixada Santista que participarão do FIH2

Projeto K 

O Projeto K, de São Vicente, atua desde 2013 com movimentos Krump e Hip-hop e é um dos grupos que estará presente no festival, mas para isso está arrecadando doações para auxiliar nos custos da viagem.

Atualmente, o coreógrafo, dançarino, professor e arte educador Vall Santana, está dirigindo o Projeto K, e escolheu a coreografia 4 Elementos – Água, Fogo, Terra e Ar, para encantar os jurados. 

“Poder mostrar para os meus alunos o quanto eles podem ser grandes se acreditarem no seu próprio potencial é muito importante, é o resultado de muito esforço saber que fomos aprovados para um dos maiores festivais de danças urbanas da América Latina”, declara Vall Santana.

Os interessados em colaborar para que o Projeto K consiga apresentar a coreografia no festival podem fazer doações de qualquer valor através do PIX do diretor do projeto, Vall Santana: hipvalhop@gmail.com. 

Para acompanhar mais sobre o projeto, siga no Instagram

Distrito 13

Para representar Santos, o grupo Distrito 13, fundado em 2017 pelos diretores Nathaly Cruz e Matheus Ribeiro, vai participar da disputa com cinco categorias: D13 Kids, D13 Júnior, D13 Base, D13 Teen e D13 Oficial.

Desde sua criação, o projeto promove audições anualmente para todas as idades, onde os coreógrafos contemplam quem tiver o melhor desempenho a fazer parte de uma das categorias que constituem o D13.

Por se tratar de um grupo independente, para arrecadarem os valores para as competições e festivais, os participantes organizam espetáculos de danças, festas temáticas e cantinas.

“A dança, como competição, traz disciplina para cada um deles, e agrega muito na vida pessoal e principalmente na profissional porque os torna mais conscientes socialmente e de suas responsabilidades”, diz a diretora Nathaly Cruz.

Apesar das dificuldades, os integrantes conseguiram arrecadar os valores para a viagem. 

Para acompanhar e conhecer mais sobre o grupo, siga no Instagram.

Endorfina

Santos conta com mais um participante de peso. O grupo Endorfina foi criado em 2019, sendo uma extensão do grupo Adrenalina. Ambos fazem parte do projeto de dança de rua de Santos, da Secretária de Cultura (Secult), onde por meio da cultura viabilizam a inclusão social e o crescimento dos integrantes formados pelos projetos sociais propostos. 

“Para nós é sempre uma vitória estar participando dos festivais em Curitiba porque os gastos são muito grandes para cada participante, e quando conseguimos quitar todos os valores, realmente já consideramos uma vitória”, declara o diretor artístico e coreógrafo Matheus Andrade. 

A coreografia Alcateia está pronta para ser apresentada aos jurados, e apesar das dificuldades para arrecadação dos valores, o grupo de 37 integrantes continua confiante sobre o que o evento pode proporcionar para cada um dos participantes.

“É muito gratificante e eu fico muito feliz, porque sou somente um instrumento. Eu tento sempre fazer o máximo possível para que dê tudo certo, e eu tenho um lema: nunca deixo um integrante para trás, sempre nos juntamos e focamos mais naquilo que aquela pessoa precisa”, finaliza o diretor.

Dispostos a alcançarem o objetivo de comparecer ao evento, o grupo permanece aceitando contribuições de qualquer quantia.

Aos interessados em ajudar e acompanhar mais sobre o projeto, siga no Instagram.

Mov’in Force

Originalmente criado devido a um projeto social que existia anteriormente em São Vicente, o Mov’in segue de forma independente.

O arte educador, coreógrafo e produtor cultural Anderson Oliveira, conhecido como AndSoul Oliveira, conseguiu em 2021 criar um núcleo de extensão do Mov’in Force em Santos, chamado Mov’in Force Project

O grupo já participou de inúmeras competições, recebendo prêmios nos respectivos lugares. Uma de suas grandes conquistas foi ser o primeiro grupo infantil a participar do Campeonato Mundial de Hip Hop em Las Vegas, em 2016. 

No FIH2, a equipe Mov’in Force Project irá competir na categoria sênior com a coreografia Ultimate Fighting, já o  Mov’in Force na categoria avançada com a coreografia Let’s Funky!.

“Eu sinto uma imensa satisfação de poder estar nessa edição, celebrando os 20 anos junto com os meus alunos e os meus trabalhos, porque o festival fez parte da minha trajetória na dança e poder compartilhar e proporcionar isso com os meus alunos e o meu grupo é muito especial”, declara, AndSoul Oliveira.

Os integrantes ainda continuam lutando para conseguir os valores necessários para a viagem. Os interessados em contribuir, podem enviar doações para o pix andersonoliveiraandsoul@gmaill.com (Anderson Oliveira Silva e Silva). 

Contatos

@movinforceco 

@movinproject

@andsoul.oliveira 

Não tivemos retorno dos demais grupos participantes até o momento da publicação desta matéria. 

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