23/05/2019

Briosa comemora 60 anos da conquista da Fita Azul

Por #Santaportal em 23/05/2019 às 16:17

FITA AZUL – A Portuguesa Santista comemora os 60 anos da conquista da Fita Azul do futebol brasileiro em evento marcado para a próxima terça-feira (28), às 19h, no Salão do Conselho Deliberativo da Briosa. Ex-jogadores que participaram daquela fantástica campanha serão homenageados.

A marca foi atingida durante excursão para a África, entre abril e maio de 1959. Na ocasião, a Portuguesa Santista obteve 15 vitórias em 15 jogos, conquistando 11 taças de prata e outras premiações. Times como Benfica, Porto e Sporting, de Portugal, além do Bolton, da Inglaterra, e o Dínamo, da extinta Tchecoslováquia, também fizeram excursões pelo continente africano sem terem o mesmo sucesso da equipe rubro-verde, pois acabaram sofrendo derrotas em suas excursões.

A campanha que rendeu a Fita Azul para a Briosa foi a mais vitoriosa da história do futebol brasileiro, ao lado da do Corinthians, que havia tido o mesmo retrospecto em 1952, quando excursionou por Turquia, Suécia, Finlândia e Dinamarca. O time que conquistou a Fita Azul pela Portuguesa Santista foi formado por Grilo, Guilherme, Gonçalo, Valdo, Nenê, Perinho, Atílio, Bota, Jorge, Pichú, Chamorro, Nivaldo, Raul, Gerolino, Carlito, Adelson e Nicola. O time era comandado pelo treinador argentino Filpo Nuñes.

Na chegada a Santos, a Briosa foi recepcionada com grande festa. Uma multidão tomou as ruas para ver o time, que desfilou em um carro de bombeiros. Foi um momento inesquecível, tanto para os jogadores, que foram responsáveis pela conquista, quanto para a Portuguesa Santista, que ganhou mais destaque com o título.

Briosa contra o Apartheid
Durante a excursão que fez ao continente africano, em 1959, a Portuguesa Santista tinha a África do Sul no seu itinerário. Na época, o Apartheid, regime de segregação racial, estava em pleno vigor naquele país. Dentre outros adversários, a Briosa enfrentaria, na Cidade do Cabo, um combinado do município. Com problemas para desembarcar logo que chegou ao seu destino, as coisas só pioraram antes do início do jogo.

Já no vestiário, prontos para a partida, os jogadores Nenê, Bota e Guilherme foram impedidos de entrar em campo por serem negros. A diretoria da Briosa bateu o pé e disse que só aceitaria disputar a partida se o trio também pudesse jogar.

Sem acordo, a Portuguesa Santista não entrou em campo, seguiu viagem para disputar jogos em outros países africanos, e teve sua atitude apoiada pelo então presidente brasileiro Juscelino Kubitschek. Pela primeira vez, o Brasil se posicionava oficialmente contra o Apartheid. O clube rubro-verde, por outro lado, entrava para a história do esporte brasileiro e sua postura teve repercussão mundial na época.

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