APS faz recomendações para maior cuidado aos barcos de recreio no Porto de Santos

Por Santa Portal em 10/12/2024 às 16:00

Divulgação/APS
Divulgação/APS

No último sábado (7), o Porto de Santos vivenciou uma quase colisão entre uma embarcação de recreio e o navio cargueiro Bow Precision. Felizmente o acidente não aconteceu, mas duas pessoas que estavam no barco menor se lançaram ao mar e precisaram ser resgatadas por outras embarcações que estavam próximas.

A Autoridade Portuária de Santos (APS) tomou conhecimento, pela Capitania dos Portos de São Paulo (CPSP), do ocorrido nas proximidades das travessias das balsas.

Por isso, a APS, atuando como administradora do tráfego de embarcações na área do Porto Organizado, informa a todos os usuários das vias navegáveis que o canal de navegação do Porto de Santos possui uma extensão de 25 quilômetros, largura média da ordem de 220 metros e profundidade que varia de acordo com o trecho e com a maré, mas de modo geral o canal permite a navegação de navios com até 366 metros de comprimento e calado máximo de 14,50 metros.

Nesta época do ano, com a proximidade do verão e início das férias escolares, aumenta o tráfego de embarcações de recreio e esporte na região do Porto de Santos. A Autoridade Portuária destaca que não é proibido aproveitar o mar santista como local de lazer, no entanto recomenda a todos os usuários das embarcações de pequeno porte, principalmente as de esporte e recreio e à vela, que aumentem o cuidado em relação às passagens de navios mercantes (carga e/ou passageiros).

A média anual de movimentos no canal de navegação do Porto de Santos é de 12 mil manobras, considerando as entradas, saídas e mudanças de locais de atracação.

Nesse cenário de intensa movimentação de navios, somam-se a presença da indústria pesqueira, das embarcações de pesca artesanal, da navegação militar, do transporte aquaviário público e privado de passageiros e balsas, dos diversos eventos náuticos, entre outras atividades de esporte e lazer ao longo da orla de Santos, ampliando consideravelmente a complexidade do tráfego marítimo local.

Assim, devido a essas exclusivas características operacionais do sistema aquaviário do Porto de Santos, é fundamental a obediência às normas e recomendações nacionais e internacionais relativas à segurança da navegação e à operação segura dos portos. “Embarcações de menos de 20 metros de comprimento ou embarcações à vela não devem interferir na passagem de outra embarcação que só possa navegar com segurança dentro de um canal estreito ou via de acesso (é o caso dos cargueiros)”, destaca a APS.

Além disso, toda embarcação deve evitar tanto quanto possível cruzar vias de tráfego, mas, se obrigada a isso, deverá fazê-lo tomando o rumo mais próximo possível da perpendicular à direção geral do fluxo do tráfego.

“Sendo assim e considerando que a via de acesso aquaviário do Porto de Santos é composta por um canal de navegação estreito, sinuoso e de profundidade limitada, a APS faz um apelo especial aos usuários de embarcações de pequeno porte, incluindo aquelas de esporte, recreio e à vela: essas embarcações devem evitar interferir na passagem de navios mercantes, sejam eles de carga ou passageiros”, diz a Autoridade Portuária.

Os navios de grande porte dependem exclusivamente do canal estreito e balizado para realizar suas manobras com segurança. Qualquer interferência pode comprometer a segurança da navegação e das operações portuárias.

Por fim, a “APS ressalta seu compromisso com a segurança de todos os usuários das vias navegáveis e reitera a necessidade de colaboração e responsabilidade para garantir a eficiência e a proteção no maior porto da América Latina”.

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