27/05/2020

"A pandemia gera mais demandas", Cássio Araújo de Freitas, novo comandante do CPI-6

Por Ted Sartori/#Santaportal em 27/05/2020 às 09:35

POLÍCIA – Cássio Araújo de Freitas, novo comandante do CPI-6, que compreende Baixada Santista e Vale do Ribeira, participou do Bom Dia Cidades, da Santa Cecília TV. O coronel da Polícia Militar também conversou com o #Santaportal sobre os novos desafios no cargo. Antes ele havia comandado um batalhão de Choque, assim como a região norte de São Paulo, que vai desde a divisa com Guarulhos até o limite com Osasco.

Qual o principal desafio neste novo cargo?
Conheço muito bem a região, mas o desafio é manter as linhas de tendência de queda dos principais delitos que a gente tem aqui. Os delitos estão em queda já há algum tempo, diferentemente de algumas outras regiões do estado de São Paulo. Nossa ideia é manter esse caso de sucesso aqui.

Assumir o comando em um momento tão atípico como esse de pandemia aumenta esse desafio?
Aumenta o desafio não só para a Polícia Militar, mas como para todas as instituições. Nós somos baseados muito na nossa capacidade de agir com rapidez, com velocidade, isso faz muita diferença em nossa atividade. E a pandemia gera mais demandas. A Polícia Militar está em uma estratégia em todo o estado de São Paulo de ser uma orientadora da população, de apoiar as instituições essenciais, tanto públicas quanto privadas. Então nossas demandas têm aumentado. Sem contar que temos que nos precaver porque o policial tem de estar saudável para ajudar a população.

Tem havido um cuidado com relação ao coronavírus então?
Temos seguido todas as regras da Organização Mundial de Saúde mais as nossas próprias. Temos uma diretoria de saúde que está atenta a isso, criando regras, mudando culturas, assim como todo brasileiro está passando por esse desafio.

Sobre os índices de criminalidade, há uma perspectiva de percentual projetada de redução?
É difícil você traçar uma meta bem objetiva sobre redução porque cada região responde de uma forma diferente para uma mesma estratégia. Então, eu acredito que a gente pode trabalhar em torno de 10% de redução, principalmente no crime de roubo. Embora seja um crime no Código Penal como contra o patrimônio, ele expõe o cidadão ao risco. Então eu tenho feito, historicamente, um trabalho na queda do delito de roubo e vou continuar esse trabalho aqui. (Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública, houve queda de 35,4% nos roubos em geral).

Roubos de maneira geral?
Isso. De veículos, de celular, que está bastante na moda, porque o celular tem um valor agregado. As pessoas, quando estão com o celular, ficam altamente expostas porque meio fora da realidade e isso atrai o marginal. É no mundo inteiro. Estamos trabalhando com mudanças de horários, prevenção…Tenho a ideia de colocar um trabalho vocacionado para prevenção das mulheres. Começamos uma experiência dessa na Zona Norte (São Paulo) que, embora incipente, começou a dar alguns resultados. Pretendo fazer essa mesma estratégia aqui também.

Como seria isso?
O programa prevê um atendimento diferenciado à mulher. Eu exemplifico: a Polícia Militar tem um aplicativo que as mulheres com algum tipo de risco, com decisão judicial de alguma medida protetiva, podem acionar a PM por ele. Isso ganha muita agilidade e credibilidade na hora do atendente do Copom identificar aquela emergência.

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