46 animais silvestres foram reintegrados à natureza pelo Gremar durante fevereiro em Itanhaém

Por Santa Portal em 28/02/2024 às 16:00

Divulgação/Instituto Gremar
Divulgação/Instituto Gremar

O Instituto Gremar encerra o mês de fevereiro com uma marca expressiva de solturas resultantes do trabalho realizado no Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS), em Itanhaém: após passarem por tratamento na base, 46 animais retornaram à natureza neste período – foram 33 aves, doze mamíferos e um réptil.

O CRAS é um importante ponto estratégico para prestação dos primeiros atendimentos aos animais silvestres resgatados vivos que estejam aptos à reintrodução em seu habitat natural na cidade do litoral sul paulista. Desde 2021, o equipamento conta com o apoio da Prefeitura Municipal de Itanhaém, por meio da Secretaria de Meio Ambiente.

A estrutura dispõe de um ambulatório para atendimento, recintos para aves e tanques para répteis terrestres e pequenos mamíferos, além de servir como base avançada de apoio para ações de resposta à fauna, além de estudos e atividades de educação ambiental.

Mais sobre as solturas

As 46 solturas contemplaram animais de dezesseis espécies diferentes, entre filhotes órfãos e adultos debilitados. A maioria deles chegou ao CRAS durante a primavera de 2023, época em que usufruem das altas temperaturas e da grande oferta de alimento para se reproduzirem, porém, tornam-se mais suscetíveis ao impacto das ações humanas.

Entre as 33 aves, estavam oito andorinhões-do-temporal (Chaetura meridionalis), uma andorinha-grande (Progne chalybea), uma andorinha-do-campo (Progne tapera), quatro caburés (Glaucidium brasilianum), três canários-da-terra (Sicalis flaveola), dois bem-te-vis (Pitangus sulphuratus), um urubu-comum (Coragyps atratus), dois quiriquiris (Falco sparverius), quatro periquitos-ricos (Brotogeris tirica), um beija-flor tesoura (Eupetonema macroura), um bacurau (Nyctidromus abilcollis), três rolinhas-roxas (Columbina talpacoti) e dois avoantes (Zenaida auriculata).

Onze gambás-de-orelha-preta (Didelphis aurita) e um tamanduá-mirim (Tamandua tetradactyla) formaram o grupo de doze mamíferos soltos; e, por fim, um cágado-pescoço-de-cobra (Hydromedusa tectifera) representando o grupo dos répteis.

Cenário preocupante

Devido ao impacto do desenvolvimento urbano desenfreado sobre as áreas naturais, cada vez mais animais silvestres são vítimas da perda de habitat e aumento da pressão antrópica – índice que combina indicadores de atividades agrícolas, pecuárias, extrativistas e de pressão populacional sobre os biomas, incluídas rodovias, áreas desmatadas e focos de calor.

Muitos desses animais são encontrados em estado crítico, em consequência, principalmente, de atropelamentos, interação com resíduos sólidos (ingestão lixo, linhas de pipa e pesca), ataques de animais domésticos e ferais, eletrocussão, intoxicação, colisão com vidraças e até mesmo maus tratos.

Em caso de avistamento de animal silvestre debilitado em Itanhaém, o Instituto Gremar pode ser acionado de segunda à sexta-feira, das 8h às 17h, pelos telefones (13) 3426-8168, (13) 99711-4120 ou (13) 3421-1604, via Secretaria Municipal do Meio Ambiente. Já durante os finais de semana, a Guarda Civil Municipal e a Polícia Ambiental prestam apoio nessas ocorrências com acionamento pelos telefones (13) 3425-3800 e (13) 3422-3765, respectivamente.


Foto: Divulgação/Instituto Gremar
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