Santos pagará auxílio financeiro a famílias retiradas de submoradias em São Vicente

Por Santa Portal em 27/07/2023 às 16:00

Arquivo/Prefeitura de Santos
Arquivo/Prefeitura de Santos

A Prefeitura de Santos, por meio da Companhia de Habitação da Baixada Santista (Cohab-ST), dará aporte a São Vicente, onde famílias estão sendo retiradas de submoradias erguidas na comunidade Ilha do Bugre – palafitas sobre o Rio Bugre, que passou a receber volume de água captada pela Estação Elevatória com Comportas (EEC) Engenheiro Marcos Diniz. A EEC foi inaugurada no último dia 19 de maio para combater enchentes e alagamentos nos bairros Castelo e Areia Branca, na Zona Noroeste em Santos, além do Jardim Guassu, em São Vicente.

A iniciativa é fruto de tratativas entre as duas administrações, iniciadas em 2021. Nesta terça-feira (25), a Cohab-ST recebeu da Secretaria de Habitação e Regularização Fundiária de São Vicente (Sehab-SV) uma listagem preliminar dos beneficiados. 

O auxílio financeiro será pago mensalmente pela Cohab-ST a aproximadamente 110 famílias relacionadas pela Sehab-SV, que é responsável pela desocupação das submoradias, demolição das vazias e pelo atendimento habitacional definitivo.

Para dar início aos pagamentos, a Cohab-ST aguarda dados complementares. “Já pedimos (à Sehab-SV) os dados completos das famílias que estão em maior emergência, principalmente o cadastro delas, com composição familiar e dados bancários, para que o pagamento de quem está em situação mais vulnerável seja feito ainda nesta semana. Na próxima semana, serão feitos os demais pagamentos”, explicou o presidente da Cohab-ST, Maurício Prado.

A EEC Engenheiro Marcos Diniz integra o programa de macrodrenagem da Prefeitura de Santos. Foi construída no final da Avenida Haroldo de Camargo (Castelo) para combater enchentes em trechos da Zona Noroeste. A estação elevatória é um sistema composto por três bombas, um canal e uma comporta.

O sistema funciona em quatro situações. Na primeira, em caso de chuva fraca coincidente com maré baixa, as comportas permanecem abertas e a água flui, por gravidade, para o Rio Bugres, que abrange Santos e São Vicente. Já com a maré baixa e chuva forte, parte da água pode ser retida pelas comportas. 

A terceira situação envolve chuva fraca e maré alta, quando as comportas se fecham e a água fica armazenada no reservatório de acumulação, com capacidade para 4,25 milhões de litros – o volume é similar ao de três piscinas olímpicas. Neste caso, as bombas retiram gradativamente a água retida, lançando-a no rio.

Na quarta possibilidade, quando há ocorrência de  chuva forte e maré alta, as comportas permanecem fechadas, com todas as bombas funcionando ao mesmo tempo para lançar o volume no Rio Bugres. Todo o sistema projetado foi testado em simulação por computador (modelagem hidráulico-hidrológica) e em estudo de impacto das bombas funcionando no Rio Bugres, sendo os projetos considerados eficientes para evitar alagamentos com segurança.

Atestaram a eficiência de todo o processo os engenheiros do Banco Mundial, Ministério de Desenvolvimento Regional, Caixa Econômica Federal e CAEX (órgão técnico do Ministério Público Estadual).

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