Policial absolvido da acusação de matar MC Primo volta a trabalhar na PM

Por Santa Portal em 14/08/2024 às 10:00

Reprodução
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O policial militar Anderson de Oliveira Freitas, absolvido em júri popular da acusação de matar MC Primo, foi reintegrado à Polícia Militar no 45º Batalhão, em Praia Grande. Anderson passou um ano e sete meses na prisão.

A decisão foi publicada em uma portaria Diário Oficial do Estado no último dia 6. Segundo o documento, ele voltou ao exercício da função em 18 de julho, após a expedição do alvará de soltura pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).

O policial foi absolvido por maioria dos votos após enfrentar júri popular em São Vicente, no dia 16 de julho. Inicialmente, a sessão havia sido marcada para 15 de maio, mas foi adiada após a defesa do PM abandonar o plenário.

“O que foi primordial, na verdade, para nós, foi o laudo que a acusação juntou, um laudo fora dos padrões mínimos de perícia, uma incongruência de lacres que uma hora desapareceram materiais. O lacre vinha com um número, aí depois aparecia esse número, aparecia com outro, então assim foi mais uma má condução com a prova. E aí resultou num laudo totalmente contaminado, comprometido. Não teria o mínimo de cabimento daquele laudo ter dado positivo para o disparo da arma de fogo”, disse o advogado do PM, Emerson Lima Tauyl, após a absolvição. O assistente de acusação, Eugênio Malavasi, já interpôs recurso.

O Santa Portal entrou em contato com a Polícia Militar, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria.

O crime

Na ocasião do crime, MC Primo foi abordado por criminosos que estavam em uma motocicleta e em um carro branco quando chegava em sua residência, no bairro Jóquei Clube, em São Vicente, no dia 19 de abril de 2012.

Um homem encapuzado teria abordado MC Primo e, após pedir que a mulher e os dois filhos do funkeiro entrassem na casa, o suspeito teria efetuado 11 disparos contra o funkeiro. De acordo com o Instituto Médico Legal (IML), o cantor sofreu quatro perfurações no tórax, duas na coxa direita, uma no ombro, três nas costas e uma no punho esquerdo.

O Ministério Público (MP), em dezembro de 2023, apresentou a denúncia contra o policial. Um exame pericial comprovou que um dos 11 projéteis que atingiram MC Primo saiu da arma de fogo do acusado.

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