Julho Amarelo traz conscientização sobre as hepatites virais
Por Alanis Ribeiro em 12/07/2023 às 06:00
Criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais acontece no próximo dia 28 de julho, com o objetivo de aumentar a prevenção e conscientização da população sobre a doença. Desde 2019, uma campanha nacional denominada Julho Amarelo passou a chamar mais a atenção para o problema.
A hepatite é uma doença que causa inflamação no fígado, e podem ser originadas de diversas formas como, pelo uso excessivo de medicamentos, álcool e outras drogas, doenças autoimunes, metabólicas ou genéticas, provocadas por vírus.
As hepatites virais mais conhecidas são a A,B,C,D e E, e são doenças extremamente silenciosas, ou seja, na maioria das vezes não apresentam nenhum sintoma aparente. Se por ventura a pessoa nunca realizar o exame ou não saber que tem a doença, pode consequentemente desenvolver câncer ou cirrose.
“A hepatite ainda é uma doença pouco divulgada e precisa ser melhor abordada. Por ser uma doença silenciosa pode causar consequências graves. Então, é importante a população saber e entender que podem fazer o teste, se prevenir, tratar caso receba o diagnóstico de forma gratuita pelo SUS”, informa a coordenadora da Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis da Prefeitura de São Vicente, Paula Jayme.
Conheça as principais hepatites virais transmitidas
Hepatite A: causadas pelo vírus A (HAV), sua transmissão acontece através do consumo de água e alimentos não tratados, que estejam contaminados com fezes que contenham o vírus. Para sua prevenção, o saneamento básico nas áreas habitadas é de extrema importância, pois ajuda a prevenir sua propagação.
Hepatite B: provocada pelo vírus da hepatite B (HBV), sua transmissão ocorre através do contato com sangue contaminado e por relações sexuais desprotegidas. Além disso, objetos como alicates de manicure, aparelhos de barbear, agulhas de tatuagem entre outros, se contaminados também podem ser vias para essa transmissão.
Além disso, a hepatite B pode ser transmitida através da amamentação, mães contaminadas com o vírus devem ter cuidado ao amamentar, para não terem lesões que possam facilitar a transmissão da doença para a criança.
Para prevenir o contágio, importante utilizar preservativos em todas as relações sexuais, e usar somente materiais descartáveis e esterilizar objetivos compartilhados antes da utilização.
Atualmente, existem vacinas contra a hepatite A, em dose única, e para a Hepatite B são divididas em três doses, sendo a primeira dada assim que o bebê nasce. A vacinação é a maneira mais eficaz de evitar a doença.
Hepatite C: desencadeada pelo vírus da hepatite C (HCV), é considerada uma das mais perigosas, pelo avanço da doença acontecer de forma silenciosa, e pode ser transmitida também por contato com o sangue contaminado, e através de relações sexuais desprevenidas, que seria a forma menos comum de transmissão.
Para sua prevenção é importante a utilização de preservativos em todas as relações sexuais, usar somente materiais descartáveis e esterilizar objetivos compartilhados antes da utilização. Apesar de não ter vacina para a hepatite C, há tratamentos e cura em até 95% dos casos, segundo o Ministério da Saúde.
“A divulgação é melhor forma de conscientizar a população sobre a importância da imunização contra a doença, pois com um número maior de vacinados podemos evitar ainda mais a propagação pelo vírus, e caso seja confirmado o diagnóstico, realizar o tratamento o mais rápido possível para evitar maiores complicações”, acrescenta Paula Jayme.
Ao apresentar os sintomas como urina escura, fezes esbranquiçadas, olhos amarelados, náuseas, dentre outros, procure o médico mais próximo para ser orientado de forma correta.