Avó de jovem morto em acidente em Santos relata dor e indignação

Por Santa Portal em 21/10/2024 às 16:00

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A avó de Caetano Ribeiro Aurungo, de 21 anos, que morreu após ser atropelado na madrugada do último sábado (19), em Santos, condenou a soltura sob fiança do motorista que causou o acidente. Para Vanda Freire Aurungo, a dor e a indignação são imensuráveis.

O motorista do carro, de 19 anos, que não teve a identidade revelada, foi preso em flagrante por dirigir alcoolizado e ultrapassar o sinal vermelho. No entanto, foi solto após pagamento de fiança.

“É um absurdo que uma pessoa que mata outra, alcoolizada, passe um sinal vermelho e tire a vida de um menino tão bom, consiga sair sob fiança. Nós estamos destruídos. Caetano morava comigo, com meu marido e com os dois irmãos menores. A casa está vazia sem ele”, lamenta a avó.

Vanda conta que o neto não bebia e levava uma vida tranquila. “Caetano era um menino tranquilo, sossegado, doce. Ele não gostava de baladas, não bebia. A diversão dele era jogar com os amigos, assistir séries em casa ou ir para a casa de algum amigo. Eles não saíam para festas, preferiam se reunir entre eles”, lembra Vanda.

Na noite do acidente, Caetano havia saído de casa por volta das 3h para apoiar um amigo que estava passando por dificuldades. “Ele me avisou antes de sair. Mostrou uma foto dos amigos e disse que estavam indo para a casa de um deles. Eu até falei: ‘Caetano, pelo amor de Deus, você vai sair essa hora?’ Mas ele me tranquilizou, e foi”, relembra.

O pesadelo começou horas depois, quando Caetano não retornou para casa. A auxiliar de secretaria contou que mandou várias mensagens e o jovem não respondia. 

“Mandei mensagens desde cedo, mas ele não respondia. Fiquei cada vez mais preocupada. Quando os amigos vieram até minha casa à tarde, já senti que algo estava errado. Foi quando eles me contaram que ele havia sofrido um acidente e que estava no IML, registrado como desconhecido, porque disseram que ele não estava com documentos”, desabafa Vanda.

“Ele tinha os documentos sim, estavam na bolsa dele. Mas ninguém se deu ao trabalho de procurar. Isso nos machucou ainda mais. Meu neto foi tratado como um desconhecido até eu ser avisada”, disse Vanda.

Vanda disse ao Santa Portal que ainda não sabe se vai entrar com uma ação contra o motorista que atropelou seu neto. 

“Olha, por enquanto eu não pensei nisso. De verdade, eu não sei ainda o que eu vou fazer. Apesar de ele ter dito lá na hora que era só mais uma vida… eu ainda não sei o que eu vou fazer. Eu e meu marido ainda não paramos para pensar nisso”, finalizou.

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