Indústria lidera demissões na Baixada Santista, com aumento de 436% em um ano
Por Beatriz Pires em 06/03/2025 às 05:00

O setor industrial foi o que mais demitiu na Baixada Santista em janeiro, registrando um saldo negativo de 168 desligamentos. O número representa um aumento de 436% em relação ao mesmo período do ano passado, quando houve 50 contratações. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e consideram o saldo entre admissões e demissões na região.
Com o pior desempenho entre os setores, a indústria foi responsável por 7,49% das demissões na Baixada Santista, apresentando resultados negativos em sete das nove cidades da região.
Santos foi o município mais afetado, com 40 desligamentos. Em janeiro de 2024, o saldo era zerado, sem demissões ou contratações. No setor industrial, os desligamentos representaram 5,49% das demissões na cidade.
Já Cubatão, cuja economia é fortemente ligada à indústria, também sentiu os impactos, registrando 39 demissões, um aumento de 750% em relação ao mesmo período do ano passado, quando houve apenas seis contratações. No município, o setor representou 20,63% dos desligamentos.
Ao contrário de outras cidades, São Vicente e Mongaguá não sofreram perdas. Em São Vicente, o saldo foi positivo, com quatro contratações, mas ainda representou um retrocesso de 94,94% em relação a 2024, quando o município contabilizou 79 admissões no setor. Mongaguá, por sua vez, manteve o saldo zerado, uma pequena variação em comparação com o mesmo período de 2024, quando houve uma contratação.
Apesar do saldo negativo, Praia Grande teve uma redução nas demissões do setor industrial. Em janeiro do ano passado, foram registradas dez baixas, número que caiu para quatro neste ano — uma redução de 60%. O setor foi responsável por 0,68% das demissões na cidade.
Em Itanhaém, a indústria respondeu por 9,33% dos desligamentos. Foram registradas 21 demissões no setor em 2025, enquanto em 2024 houve apenas duas contratações, resultando em uma disparidade de 1.150%.
Peruíbe, Guarujá e Bertioga também registraram aumentos significativos nas demissões. Peruíbe teve 15 desligamentos, um aumento de 850% em relação a 2024, quando houve apenas duas contratações. Guarujá e Bertioga contabilizaram 20 e 33 demissões, respectivamente, com altas de 53,85% (13 desligamentos a mais) e 94,12% (17 desligamentos a mais) em relação ao ano anterior.