Ex-delegado executado em Praia Grande foi assaltado à mão armada dois anos atrás; VÍDEO

Por Santa Portal em 16/09/2025 às 10:00

Reprodução/Redes sociais e Divulgação/Prefeitura de Praia Grande
Reprodução/Redes sociais e Divulgação/Prefeitura de Praia Grande

O ex-delegado-geral da Polícia Civil, Ruy Ferraz Fontes, executado a tiros de fuzil em Praia Grande, no litoral de São Paulo, foi assaltado à mão armada juntamente com sua esposa, no bairro Canto do Forte, há quase dois anos, em dezembro de 2023. Uma testemunha gravou todo o crime.

À época, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que os suspeitos chegaram em uma motocicleta e, com uma arma de fogo, anunciaram o roubo contra Fontes e sua esposa. Eles fugiram levando celulares, joias, cartões e a moto do casal.

Semanas antes de ser executado, Fontes disse temer por sua segurança. “Tenho proteção de quem? Eu moro sozinho, eu vivo sozinho na Praia Grande, que é no meio deles”, declarou o delegado à rádio CBN.

Segundo o jornal O Globo, Fontes também afirmou que, se estivesse na ativa, teria estrutura para se defender. O atual delegado-geral, Artur Dian, disse na noite de segunda que Fontes não temia estar sendo seguido. “Pelo que levantamos preliminarmente ou das últimas vezes em que pude conversar com ele, não existia esse receio. Claro que um policial sempre tem toda a cautela, ele andava armado.”

Executado a tiros de fuzil

Ruy Ferraz Fontes, foi morto a tiros no começo da noite desta segunda-feira (15), na Avenida Marginal, após sair da Prefeitura de Praia Grande, onde atuava como secretário de Administração.

Imagens de câmeras de monitoramento, cedidas pela página Praia Grande Mil Grau, mostraram que os criminosos chegaram em uma rua das imediações em uma caminhonete Toyota Hilux preta, por volta das 17h30, e esperaram Fontes sair do Paço Municipal, às 18h.

Na tentativa de escapar, a vítima chegou a acelerar o Fiat, perdendo o controle da direção e colidindo em um ônibus, próximo ao Fórum de Praia Grande. Três bandidos desembarcaram da picape e fuzilaram o carro de Ruy. Ele morreu no local.

Longa carreira na Polícia Civil

Com mais de quatro décadas dedicadas à Polícia Civil, Ferraz Fontes exerceu funções de grande relevância, entre elas a de diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap). Atuou também no Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), no Departamento Estadual de Repressão ao Narcotráfico (Denarc) e no Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic). Foi delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo entre janeiro de 2019 e abril de 2022.

Fontes chegou, inclusive, a constar em uma lista de policiais que deveriam ser mortos como ‘retaliação’ pela transferência de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, da prisão estadual em São Paulo.

O ex-delegado-geral era considerado um dos principais especialistas do país sobre a estrutura do PCC, tendo sido o primeiro delegado a investigar a atuação da organização no estado, enquanto chefiava a Delegacia de Roubo a Bancos do Deic.

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