Adolescente é apreendido após prometer massacre em escola estadual de Praia Grande

Por Rodrigo Martins em 05/04/2023 às 21:00

Reprodução
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Um menor de idade que criou um perfil nas redes sociais afirmando que pretendia realizar um massacre na Escola Estadual Magali Alonso, em Praia Grande, foi apreendido na manhã desta quarta-feira (5).

Segundo informações da Prefeitura de Praia Grande, uma ameaça de um ataque a uma escola estadual da Cidade foi investigada pelas autoridades policiais, que identificaram e apreenderam hoje o adolescente que seria o autor das ameaças. A idade dele ainda não foi revelada.

Na publicação, o menor falou que o ataque ao colégio aconteceria nesta quinta-feira (6). “Atenção você que é do E.E Magali Alonso de Praia Grande, não vá para a escola amanhã. Vai ter massacre. Se eu fosse você eu não ia (sic)”, diz o post, que não contava com a identificação do usuário

“Desde ontem à noite temos recebido notícias de que teríamos um massacre em uma escola estadual. Imediatamente passamos (essa informação) para a nossa Guarda e para o Centro de Monitoramento. As polícias Civil e Militar também foram acionadas e hoje, graças ao serviço de inteligência, o menor já foi identificado e está apreendido”, confirmou a prefeita Raquel Chini, em vídeo publicado nas suas redes sociais.

Por meio de nota, a Administração Municipal orienta a população para que fique atenta à disseminação de fakenews e busque informações apenas em órgão oficiais.

Procurada pelo Santa Portal, a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo (Seduc) informou que, assim que soube da ameaça, a gestão tomou providências imediatas para tranquilizar a comunidade escolar, garantindo a segurança de alunos, professores e funcionários sem interromper aulas. “As autoridades de segurança pública foram comunicadas”, destaca a nota.

“Dirigentes de ensino e autoridades policiais atuam em todas as regiões do estado para conscientizar comunidades escolares e identificar qualquer tipo de ameaça”, acrescenta o comunicado da secretaria.

A Seduc ressalta ainda que as escolas da rede estadual estão atentas aos comportamentos dos estudantes, atuando com a escuta ativa e mediação, buscando solucionar os conflitos identificados. “Periodicamente, a equipe CONVIVA SP – Programa de Melhoria da Convivência e Proteção Escolar – promove encontros formativos junto aos COE (Coordenador de Organização Escolar) cujas pautas são voltadas à promoção da cultura da paz, à valorização da vida e à mediação de conflitos”, completa a nota da Seduc.

A reportagem também entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP), mas não obteve um retorno até a publicação desta matéria. Assim que houver um posicionamento da SSP sobre o caso, será incluído neste espaço.


Foto: Reprodução/Google Maps

Caso recente em Guarujá

Esse não é o primeiro caso de ameaça de massacre em escolas da região. Nesta semana, em Guarujá, um adolescente de 14 anos foi identificado pela Polícia Militar como o autor das ameaças de massacres a duas escolas de Vicente de Carvalho. O jovem confessou a criação dos perfis, mas alegou que não queria cometer nenhum ato criminoso.

A partir das investigações, os policiais foram até a escola Benedito Cláudio, onde o menor de idade estuda, e questionaram o adolescente. Inicialmente o aluno contou que estava tentando hackear o perfil das ameaças, mas não tinha conseguido.

Os policiais então levaram o menor até a sua casa e lá foram recebidos pela mãe do adolescente. Ela apresentou para os agentes o celular do aluno que continha a mesma imagem usada no perfil das ameaças e outros três perfis anônimos na mesma rede social.

Após a comprovação dos fatos, o menor confessou a autoria das mensagens e alegou ter feito apenas para ganhar seguidores nesses perfis, para depois, transferi-los para sua conta pessoal.

O caso foi registrado como “Falso Alarme” e ameaça no 2º DP de Guarujá. O menor foi liberado para a responsável legal sob o compromisso de comparecimento a Justiça posteriormente.

Massacre em creche de Santa Catarina

Nesta quarta, um homem de 25 anos invadiu a creche Cantinho Bom Pastor, em Blumenau (SC), e matou quatro crianças. Entre as vítimas, três meninos e uma menina – com idades entre 5 e 7 anos.

Uma machadinha e um canivete foram utilizados para matar as crianças. De acordo com a polícia, o autor do ataque não teria nenhuma ligação aparente com a creche. A motivação para o crime ainda é investigada.

Após o ataque, o suspeito se entregou no 10º Batalhão da Polícia Militar de Santa Catarina e se manteve calado.

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