Grupo de 200 agentes da PRF chega ao Porto para garantir acesso de caminhões

Um grupo formado por 200 agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) foi enviado ao Porto de Santos pelo Ministério da Infraestrutura. O objetivo é garantir o acesso ao Porto de Santos.

A decisão foi tomada após relatos de vandalismo deflagrados contra caminhões que continuaram a desempenhar sua função em meio à greve dos caminhoneiros.

Segundo um dos caminhoneiros que participam da greve no Porto, a presença dos policiais da PRF não deve atrapalhar o andamento da greve. “A maioria dos caminhoneiros, que fazem viagem, não estão trabalhando. Então as empresas chamam, e eles não vão”, diz.

Sobre as alegações de vandalismo de alguns manifestantes, ele afirma que “temos recebido muitos vídeos de denúncia de vandalismo. Mas não sabemos até que ponto está acontecendo, se tem alguém querendo se aproveitar para receber seguro, não há prova”.

De acordo com o Sindisan (Sindicato das Empresas de Transporte Comercial de Carga do Litoral Paulista), há segurança para transitar pelas rodovias da região, e as empresas de transporte estão voltando gradativamente ao trabalho.

De acordo com o sindicato, as transportadoras de contêineres ainda não voltaram a operar com sua capacidade total, mas a expectativa é que isso aconteça o mais rápido possível. “A ideia é que nenhum dos elos da cadeia logística do Porto de Santos continue sendo afetado pelos prejuízos que traz uma greve. A hora é de retomada”, finaliza a nota.

Por meio de nota, a Associação Brasileira dos Terminais Retroportuários e das Empresas Transportadoras de Contêineres (ABTTC), informar que, diferentemente do noticiado pela imprensa local, as atividades nos terminais retroportuários, sejam eles Terminais de Armazenagem e Reparo de Contêineres Vazios ou Recintos Especiais para o Despacho Aduaneiro de Exportação – REDEX, seguem impedidas de atuar devido a manifestação promovida pelo Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens da Baixada Santista e Vale do Ribeira (Sindicam).

O movimento grevista tem inclusive impedido que as empresas atuem utilizando as suas frotas próprias para realizar a retirada de contêineres vazios e a entrega de contêineres cheios nos terminais portuários, ocasionando uma série de prejuízos aos exportadores. “Ainda que a mídia divulgue que a manifestação seja pacífica, há inúmeros relatos de nossos associados informando danos aos veículos que tentam desempenhar as suas atividades, forçando as empresas evitarem colocar seus veículos em operação, prejudicando ainda mais o escoamento das mercadorias de exportação”, diz a nota.

“Embora reconheçamos a legitimidade das reivindicações da categoria, é primordial que estes atos não gerem prejuízos às empresas que necessitem manter as suas atividades em funcionamento. O Porto de Santos não merece ter a sua imagem maculada por movimentos extremos e desnecessários como os que estão ocorrendo com os transportadores autônomos de contêineres liderados por seus sindicatos representativos. Solicitamos ao Ministério da Infraestrutura, à Autoridade Portuária de Santos, à Polícia Federal, à Polícia Militar e as demais autoridades constituídas, que apoiem os nossos associados para a imediata retomada das operações no Porto de Santos, evitando prejuízos a toda a cadeia logística do Comércio Exterior Brasileiro”, conclui a ABTTC.