Antaq recebe contribuições em audiência pública para licitação do terminal STS53

A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) realizou, nesta quinta-feira (23), a audiência pública para receber contribuições e aprimorar a documentação relativa à licitação da área do terminal STS53, no Porto de Santos. A audiência foi feita de forma virtual, com transmissão pelas redes sociais.

O terminal será destinado à movimentação e armazenagem de granéis sólidos minerais, especialmente fertilizantes e sulfatos. 

De acordo com a Agência, a área a ser licitada é de 87.981 metros quadrados. O arrendatário assinará contrato de 25 anos. A receita bruta global alcançará R$ 6 bilhões. Os investimentos totais serão de R$ 658,8 milhões. A movimentação total atingirá 89,8 milhões de toneladas.

A audiência foi presidida por Patrícia Gravina, presidente da CPLA, e teve participação de Eduardo Nery, diretor da Antaq, José Renato Fialho, diretor substituto da Antaq, Pablo Viana, coordenador da CRCP, Mateus Szwarcwing, diretor presidente da EPL, Fernando Biral, presidente da SPA, Fabio Lavor, representante da Secretaria Nacional de Portos e Amanda Seabra, diretora do Programa de Parcerias e Investimentos do Ministério da Economia.

Durante a audiência, foi apresentada uma introdução pela EPL, mostrando do que se trata o projeto. Após os ritos formais, as contribuições foram apresentadas e discutidas entre os membros.

O presidente da Santos Port Authority (SPA), Fernando Biral, comentou que o foco é colocar os planos na prática. “Tirar o STS53 do papel e torná-lo realidade é imperioso para o Porto de Santos atender a demanda de granéis sólidos, e descarga especialmente de fertilizantes. Comparado aos demais produtos agrícolas movimentados em Santos, os fertilizantes são a carga onde temos a menor participação de mercado. Temos 21% de participação de mercado, enquanto na maior parte das cargas este número ultrapassa a marca de 60% a 70%”, considera.

“O STS53 não é importante só para Santos, portanto. É urgente para o escoamento do agronegócio brasileito a custos competitivos”, completa.

Eduardo Nery, diretor da Antaq, diz que o arrendamento trará melhoras em diversos setores. “O terminal se resume a uma melhora nas operações portuárias, apresentando agora uma operação mais eficiente, que também vai se traduzir em uma maior eficiência da operação ferroviária, e com isso reduzir os custos logísticos, que é o que se busca. Não há nenhuma audiência pública realizada pela Agência que não venha a trazer aperfeiçoamentos no modelo que está sendo construído, e é essa expectativa e certeza que temos aqui nessa nova audiência pública”.

“Nós sabemos da relevância do Porto de Santos, é o maior porto, não só do país, mas da América Latina. É uma importância grande tanto no contexto nacional, quanto no internacional. Esse tipo de carga prepondera com extrema relevância, como a carga de fertilizantes. Falamos de um terminal que propõe mais de R$ 650 milhões em investimentos, muitos deles sendo realizados na área comum do porto organizado, que vão acabar afetando e melhorando a eficiência do Porto, melhorando assim a sustentabilidade logística do Porto de Santos como um todo, melhorando nosso custo Brasil e dando eficiência ao maior porto que a gente tem no nosso país”, disse Amanda Seabra.