Vereador Ricardo Queixão, de Cubatão, é preso durante operação do Gaeco na Baixada

Por Santa Portal em 16/04/2024 às 11:00

Divulgação/Câmara dos Vereadores
Divulgação/Câmara dos Vereadores

O vereador Ricardo Queixão (PSD), de Cubatão, foi preso durante a Operação Munditia, deflagrada em todo o estado pelo Ministério Público (MPSP), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) e da Polícia Militar. A ação tem como objetivo desarticular um grupo criminoso, associado ao Primeiro Comando da Capital (PCC), investigado por inúmeras fraudes em licitação em todo o Estado. Na Baixada Santista, mandados estão sendo cumpridos em Guarujá, Cubatão e Praia Grande.

Além de Queixão, o advogado Áureo Tupinambá, que já defendeu André do Rap, e uma servidora pública de Cubatão, Fabiana de Abreu Silva, também foram presos como resultado da operação.

De acordo com o MPSP, as equipes estão dando cumprimento a mandados de busca e apreensão em 42 endereços e a 15 de prisão temporária, todos expedidos pela 5ª Vara Criminal de Guarulhos. As ordens judiciais incluem prisão cautelar de agentes públicos, três deles vereadores de cidades do Alto Tietê e litoral.

Segundo a investigação, empresas atuavam de forma recorrente para frustrar a competição nos processos de contratação de mão de obra terceirizada no Estado, notadamente em diversas prefeituras e Câmaras Municipais. Guarulhos, São Paulo, Ferraz de Vasconcelos, Cubatão, Arujá, Santa Isabel, Poá, Jaguariúna, Guarujá, Sorocaba, Buri, Itatiba e outros municípios têm contratos sob análise.

De acordo com o promotores, havia simulação de concorrência com empresas parceiras ou de um mesmo grupo econômico. Também há indicativos da corrupção sistemática de agentes públicos e políticos (secretários, procuradores, presidentes de Câmara de Vereadores, pregoeiros etc.) e diversos outros delitos – como fraudes documentais e lavagem de dinheiro.

As empresas do grupo têm contratos públicos que somam mais de R$ 200 milhões nos últimos anos. Alguns deles atendiam a interesse do PCC, que tinha influência na escolha dos ganhadores de licitações e reparte os valores ilicitamente auferidos.

Participam da operação 27 promotores, 22 servidores e 200 policiais militares.

Em nota, a Câmara de Vereadores de Cubatão afirmou que tomou ciência da Operação nesta manhã (16) e que está colaborando com as equipes de investigação, “fornecendo todos os documentos solicitados pelas autoridades”. Já a Prefeitura afirmou que não foi citada na investigação.

O Santa Portal entrou em contato com a Prefeitura de Guarujá, que ainda não se manifestou sobre o assunto. Já a Câmara Municipal de Guarujá informa que neste momento não há nada na Casa a respeito do assunto. “Portanto, esta Casa de Leis está à disposição das autoridades para qualquer esclarecimento que se faça necessário”, acrescenta a nota do Legislativo.

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