Preso por mortes em série, Maníaco da Peruca é condenado por falsidade ideológica
Por Santa Portal em 30/07/2024 às 15:00
O ex-dentista Flávio Nascimento Graça, conhecido como o ‘Maníaco da Peruca’, foi condenado por falsidade ideológica pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP).
Condenado pelo assassinato de três pessoas entre novembro de 2014 e setembro de 2015, ele estava foragido desde novembro de 2016, quando teve a sua prisão preventiva decretada pela Comarca de Santos. O Maníaco da Peruca respondia por triplo homicídio qualificado e dupla tentativa de homicídio qualificado.
Flávio foi localizado dois anos depois, na casa da irmçã dele, na Capital. Na ocasião, os policiais civis encontraram uma identidade falsa no imóvel, em que constava o nome ‘Arsênio Martins Neto’.
Ouvido pela polícia, ele disse que havia adquirido o documento na Praça da Sé, entregando ao falsário uma fotografia sua para que a identidade falsa fosse providenciada.
No entendimento da juíza que analisou o caso, com essa atitude o dentista pretendia escapar da Justiça, evitando assim a sua prisão.
O advogado de Flávio, Eugênio Malavasi, entrou com um recurso para recorrer dessa decisão judicial. No entanto, a apelação ainda será julgada.
Relembre o caso
Após três dias de sessão, o Tribunal do Júri de Santos considerou o dentista Flávio Nascimento Graça imputável, ou seja, mentalmente são e capaz de responder criminalmente pelos seus atos. Como consequência, o conselho de sentença o condenou por três homicídios consumados e dois tentados. A pena foi fixada em 60 anos de reclusão, em regime inicial fechado, sem a possibilidade de apelar solto.
Conhecido por Maníaco da Peruca, porque atacou as vítimas disfarçado com esse tipo de adereço, Flávio está preso preventivamente desde 29 de novembro de 2018. Ele permaneceu foragido por mais de três anos, considerando a data do último crime. O réu encontra-se recolhido na Penitenciária José A. C. Salgado, a P-II de Tremembé, no Vale do Paraíba.
Os homicídios em série atribuídos ao dentista foram cometidos em três ataques distintos, entre 23 de dezembro de 2014 e 23 de setembro de 2015. As cinco vítimas eram ligadas a uma cadeia de clínicas dentárias em Santos e São Vicente. Segundo o Ministério Público (MP), o réu agiu por motivo torpe, caracterizado pela vingança, porque creditava o seu declínio profissional à ascensão da rede odontológica concorrente. (EF)