Prefeito de Guarujá e secretário são presos pela Polícia Federal e levados em viatura; vídeo

Por Santa Portal em 15/09/2021 às 18:50

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

O Prefeito de Guarujá, Válter Suman, e o secretário de Educação de Guarujá, Marcelo Nicolau, foram presos e levados no porta-malas de uma viatura da Polícia Federal após passarem a tarde desta quarta-feira (15) prestando depoimentos.

Segundo fontes não oficiais, o prefeito e o secretário foram levados ao CDP de São Vicente, já que na Polícia Federal eles não teriam lugar para passar a noite. Quando foram levados, não estavam algemados. A Polícia Federal deflagrou uma operação nesta quarta em Santos, que está sob segredo de justiça.

Segundo apurado pelo Santa Portal, pela manhã foram expedidos mandados de busca e apreensão pelo desembargador Nino Toldo, do TRF3, mas não foi confirmado se havia mandados de prisão a serem cumpridos pela PF, já que o caso está sob segredo de Justiça. 

Dessa forma, é possível que Suman e Nicolau tenham sido presos preventivamente, mas também é cogitada, de forma não oficial, a possibilidade das prisões terem sido em flagrante, uma vez que uma grande quantia de dinheiro foi encontrada na casa de Marcelo Nicolau, por conta do mandado de busca. Ainda assim, não é descartada a possibilidade de decretação prévia de prisão temporária.

Prefeitura

Em nota, a Prefeitura de Guarujá informou que está colaborando com as investigações. Leia na íntegra:

A respeito da operação da Polícia Federal realizada nesta quarta-feira (15) em Guarujá, a Prefeitura esclarece:

1 – Conheceu o teor das investigações apenas a partir de informações veiculadas pela imprensa, tomando conhecimento de que se trata de denúncia acerca da gestão dos contratos que o Município manteve com a Organização Social (OS) Pró Vida, que, até março último, geria 15 Unidades de Saúde da Família e a UPA Dr. Matheus Santamaria (UPA Rodoviária).

2 – A Prefeitura reforça que os contratos em questão sofreram intervenção municipal decretada pelo prefeito Válter Suman, baseada em suspeitas de irregularidades e má gestão por parte da OS, que iam desde o não pagamento de salários, verbas rescisórias e fornecedores até falhas nas prestações de contas e perigo de desassistência ao público. 

3 – Como não havia atendimento às notificações emitidas constantemente pela Secretaria Municipal de Saúde, o prefeito decidiu pela intervenção, processo que culminou com a desqualificação da OS, decretada em julho, seguida por uma ação civil pública oferecida pelo Município ao Judiciário, na qual é requerida, inclusive, ressarcimento de valores pela OS aos cofres públicos. 

4 – Durante todo esse trâmite, a Prefeitura manteve constante diálogo com o Ministério Público do Estado de São Paulo, comunicando, o tempo todo, as medidas que seriam adotadas. 

5 – Por fim, a Prefeitura de Guarujá informa que está colaborando com as investigações, fornecendo documentos e informações solicitados pelos agentes da Polícia Federal e aguarda, resiliente, que sejam feitos os devidos esclarecimentos que demonstrarão a lisura e austeridade de todo o processo que envolve as apurações a respeito da desastrosa gestão das unidades de saúde por parte da Organização Social Pró Vida.

Entenda o caso

O prefeito de Guarujá, Válter Suman, foi encaminhado na tarde desta quarta-feira (15) para a sede da Polícia Federal em Santos para prestar esclarecimentos. Agentes da Polícia Federal cumpriram mandados de busca e apreensão na manhã desta quarta, em Guarujá, em operação que apura possíveis desvios na saúde no município.

A Polícia Federal também cumpriu mandados de busca e apreensão na casa do prefeito e do secretário de Educação, Marcelo Nicolau. O secretário também foi encaminhado para prestar depoimentos na sede da PF em Santos.

Os mandados são referentes a um possível esquema de desvio de dinheiro do Sistema Único de Saúde (SUS). O caso está sob sigilo e a PF ainda não se manifestou oficialmente sobre a operação.

Os agentes da Polícia Federal estiveram nos dois paços municipais de Guarujá (Moacir dos Santos e Raphael Vitiello) recolhendo documentos e processos.

A operação também teve desdobramentos em outras regiões do Brasil, como São Paulo e Rio de Janeiro. Ao todo, pelo menos dez mandados de busca e apreensão foram cumpridos pela PF.

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