15/05/2020

Pai e filho italianos presos em cobertura de luxo em Praia Grande são condenados pela Justiça

Por #Santaportal em 15/05/2020 às 17:55

BAIXADA SANTISTA – A Justiça condenou os italianos Nicola Assisi e Patrick Assisi, pai e filho, que foram apreendidos em flagrante com armas, drogas e dinheiro em uma cobertura localizada em um condomínio em Praia Grande.

A juíza federal Anita Villani, da Justiça Federal de São Vicente, condenou os italianos pelos crimes de posse de documentos falsos e posse ilegal de armas, além de associação e tráfico de drogas. A sentença foi publicada no final de abril.

Patrick recebeu uma pena de 14 anos e 7 meses de prisão, enquanto Nicola foi condenado a 16 anos e 11 meses de prisão. Pai e filho vão cumprir as penas em regime inicial fechado.

Os italianos ainda podem recorrer da decisão.

Eles também respondem a pedido de prisão preventiva e extradição para finz de execução da pena imposta pela Justiça italiana. Uma investigação apontou que eles possuem ligação com o narcotráfico internacional. O STF já indicou a extradição de ambos.

A magistrada determinou um prazo de cinco cias para a manifestação das partes sobre a extradição antecipada de Patrick para as autoridades italianas.

Entenda o caso  
Segundo a Polícia Federal, os dois italianos foram presos na cobertura do prédio onde moravam em julho de 2019. O edifício de luxo está localizado no bairro Aviação, em Praia Grande.

A cobertura onde os italianos foram presos possuía sofisticado sistema de vigilância, com câmera dome 360 na área externa, o que possibilitava identificar todas as pessoas que acessavam o prédio. Esse tipo de equipamento de uso exclusivo da cobertura pode custar até R$ 100 mil. O imóvel contava, inclusive, com uma passagem secreta para uma possível fuga em caso de cerco policial.

Os mandados foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido da representação da Polícia Federal junto à Interpol, em cooperação à Polícia Italiana.

Ambos estavam foragidos desde 2014, com passagens por Portugal e Argentina, utilizando-se de nomes falsos.

O grupo mafioso, baseado na região da Calábria, no sul da Itália, controlaria 40% dos envios globais de cocaína, sendo o principal esquema criminoso importador para a Europa.

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