Moto aquática bate em canoa em Itanhaém e fere gravemente um dos ocupantes
Por #Santaportal em 17/02/2020 às 12:29
ACIDENTE – Uma moto aquática bateu em uma canoa por volta de 11h30 de ontem, no Rio Negro, em Itanhaém. Dos 11 ocupantes da canoa, pertencente a uma equipe que participa de desafios e competições, um deles, Marcos José da Silva, teve fratura exposta no braço esquerdo e seria operado hoje na Casa de Saúde de Santos, mas os médicos decidiram esperar um pouco e mantê-lo em observação.
Além disso, ele teve três costelas quebradas, o que acabou perfurando um dos pulmões – motivo pelo qual a cirurgia no braço foi adiada – e obrigando a fazer drenagem, e um afundamento lateral entre a testa e o olho. Dois tiveram escoriações leves. Os outros oito nada sofreram. O fundo da canoa rachou.
A equipe fazia um treino e voltava para chegar na marina em Itanhaém, onde a canoa é guardada. Faltavam cerca de 15 km. Foi quando o grupo escutou o ruído de motos aquáticas. “Eram quase 30, muito barulhentas e fazendo manobras em alta velocidade”, conta Robson Cavalcante, um dos integrantes da equipe e que nada sofreu.
Quando um deles passou, a equipe, então, travou a canoa e começou a acenar com o remo para cima, além de gritar para que desviassem. “Nossa embarcação é difícil de fazer curva, é pesada e não tem motor. É só no braço e no remo. E um desses rapazes veio no meio do bando e estava fazendo graça, pegando uma onda do outro, com manobras radicais”, conta Robson.
Foi quando veio a batida. “Nessa ele estava olhando para trás na hora da curva. Quando virou, ele viu a nossa canoa e teve a reação de desviar, mas pela velocidade e várias ondulações no rio, ele acabou se deparando com a gente, pegando na lateral da canoa”.
Um deles foi parar no colo de um outro, desacordado, com fratura exposta no braço esquerdo Era o que foi operado hoje. “Todo mundo ficou apreensivo, um cuidando do outro. As pessoas ficaram assustadas até pela situação do braço para fora, sangrando. Pensamos que ele havia morrido”, lembra Robson. Nenhum do grupo das motos aquáticas chegou a ajudar – um deles alegou que o guidão estava quebrado. O sinal de celular não pegava no local, em meio à Mata Atlântica. Mas, em meio às adversidades, a sorte também aparece nessas horas.
“Um santo passou em uma lancha e fizemos sinalização pedindo socorro para resgatar nosso amigo. Ele foi para o Pronto-Socorro de Itanhaém e, posteriormente, para o Hospital Irmã Dulce, em Praia Grande, antes da operação na Casa de Saúde de Santos. Depois um outro, de moto aquática, mas que não fazia parte daquele grupo, tinha uma corda e amarrou na canoa, levando-nos para a marina”, detalha Robson.
Foram feitos registros na polícia e na Marinha, que estão em busca dos envolvidos no caso.
