Líderes de quadrilha que cometia crimes cibernéticos são presos durante operação na Baixada

Por Santa Portal em 18/10/2022 às 16:20

Imagem ilustrativa / Unsplash
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A Polícia Civil prendeu, na manhã desta terça-feira (18), quatro integrantes de uma quadrilha que praticava crimes cibernéticos contra prefeituras do interior de São Paulo. Esses suspeitos foram detidos em cidades da Baixada Santista, durante a deflagração da Operação Per Saltum, que ocorreu também em vários municípios do estado.

Nesta manhã, a Polícia Civil de São Paulo cumpriu 50 mandados judiciais, sendo 36 mandados de busca e apreensão no Estado de São e em outros dois estados brasileiros e 14 prisões temporárias. Em ação prévia, foram cumpridos outros 18 mandados de busca e apreensão, totalizando 68 mandados judiciais, medidas necessárias e complementares às ações de inteligência cibernéticas desenvolvidas até o momento pelos investigadores de polícia de Presidente Prudente.

Na Baixada Santista, as equipes cumpriram cinco mandados de prisão em Praia Grande, Santos e São Vicente, respectivamente. No entanto, a Polícia Civil ressalta que um dos alvos de mandado de prisão já estava detido por envolvimento em outro crime.

A organização criminosa foi responsável por ataques cibernéticos em sete prefeituras de São Paulo e Minas Gerais, incluindo prejuízos ou tentativas de invasões a entes públicos da região de Presidente Prudente: Pirapozinho; Anhumas e Teodoro Sampaio.  

O modus operandi dos crimes financeiros corresponde a cada uma das modalidades de fraudes virtuais. No ataque contra a Fazenda Pública Municipal de Pirapozinho (R$ 2.564.926,97), os policiais civis identificaram que o uso combinado de impersonation e engenharia social, com uso de phishing e vishing. Na prática, os criminosos combinaram um grande vazamento de dados ocorrido no Brasil no início de 2021, com engenharia social e, se passando como funcionários de uma instituição financeira direcionaram parte dos acessos das contas Municipais para um falso site, o que ensejou a fraude e desvio dos recursos públicos por meio de PIX.

O nome da Operação – Per Saltum – é uma alusão à complexidade financeira e de recuperação de ativos proporcionada à Polícia Civil com a implantação de bancos digitais no País e a utilização do protocolo PIX, cuja fusão do real e do virtual não foi – ainda – acompanhada pelo sistema de justiça criminal, que mantém inalterada as denominadas medidas assecuratórias descritas em 1941 – data da entrada em vigor do atual Código de Processo Penal.

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