26/10/2017

Justiça ordena que cabeleireiro condenado por assassinato de jovem de 16 anos volte para a prisão

Por #Santaportal em 26/10/2017 às 22:46

JUSTIÇA – O professor de capoeira e cabeleireiro Luiz Rodolfo Justino, acusado de matar a jovem Léia Schenkel, que tinha 16 anos na época do crime, em São Vicente, terá que voltar para a prisão. Isto porque, os desembargadores do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) analisaram o processo e, por unanimidade, decidiram na tarde desta quinta-feira (26) pela manutenção da decisão do último julgamento.

O réu foi julgado a primeira pelo crime em maio de 2011 – ele cumpriu dois anos de reclusão até esta data. Na ocasião, o júri o considerou inocente. Naquela ocasião, o Ministério Público entrou com uma apelação, que foi acatada pela 13ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo. Na decisão, os desembargadores entenderam que havia provas de que Justino realmente teria matado Léia. Com isso, outro julgamento precisou ser realizado.

Acusado de matar a vítima por asfixia mecânica, ele teve o seu segundo júri em 13 de setembro de 2016. Antes disso, o seu advogado de defesa, Alex Ochsendorf, havia conseguido adiar o julgamento, após alegar que necessitava de gravações que tinham sumido do Fórum para fazer a defesa do réu.

No segundo julgamento, outro advogado foi nomeado para a defesa de Luiz Rodolfo Justino, porém ele foi condenado por homicídio duplamente qualificado. A sentença foi lida na madrugada do dia 14 de setembro do ano passado e o réu recebeu a pena de 16 anos em regime inicial fechado. Ele saiu preso do local.

Porém, dias depois, Ochsendorf voltou para a defesa de Justino e, ao reassumir o processo, ingressou com um pedido de habeas corpus. Três dias depois do julgamento, a Justiça acatou a solicitação da defesa e concedeu a liminar.

Mas, com a nova decisão do TJ-SP, um novo mandado de prisão foi expedido e o condenado terá que voltar para a cadeia.

Entenda o caso
A jovem Léia Cristina da Quinta Schenkel foi assassinada no dia 25 de janeiro de 2009, no apartamento onde ela morava na Rua Guarani, no bairro Parque São Vicente. A irmã da vítima, que saiu para trabalhar pela manhã e retornou à noite naquele dia, encontrou o corpo de Léia.

Segundo a parente da jovem, ao sair pela manhã, Léia Schenkel estava viva. Ela observou a irmã dormindo e se mexendo na cama. Depois, quando voltou para casa, a irmã viu Léia na mesma posição, mas já sem vida. A vítima apresentava hematomas no pescoço. O apartamento onde as irmãs moravam estava trancado, mas a chave não foi localizada.

No exame necroscópico, o IML constatou que Léia foi morta por asfixia mecânica, mediante esganadura. Ou seja, o pescoço dela foi pressionado pelas mãos do autor do assassinato.

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