Justiça mantém condenação de segurança por morte de jovem espancado em balada de Santos

Por Santa Portal em 03/05/2024 às 21:00

Reprodução/Arquivo Polícia Civil
Reprodução/Arquivo Polícia Civil


Em segunda instância, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) negou o recurso de Thiago Ozarias Souza, que havia sido condenado a 18 anos de prisão pela morte de Lucas Martins de Paula. O crime ocorreu quando Lucas foi espancado em uma casa noturna de Santos, onde Souza atuava como segurança na época. A defesa do réu informou ao Santa Portal que pretende recorrer da decisão.

De acordo com o advogado Ricardo Capusso Velloso, que representa o réu, a decisão do júri foi claramente contrária às evidências apresentadas nos documentos do caso. Por isso a defesa pretende apresentar novos recursos.

“Na decisão proferida pelo Tribunal Popular do Júri, seus membros, na maioria acolheram a acusação, reconhecendo todas as qualificadoras. Durante toda a fase probatória, buscou-se chegar o mais próximo possível da verdade real. Para tanto, foi produzido o Laudo Necroscópico onde o Expert, respondeu ao quesito que diz respeito ao emprego de meio cruel; ‘que o crime não foi cometido por meio cruel’. Portanto, diante do Acórdão proferido pelo TJSP, o qual confirmou a sentença de primeiro grau, a defesa apresentará recursos cabíveis, tendo em vista que, a decisão foi manifestamente contraria a prova dos autos”, disse Capusso.

Relembre o crime

Lucas Martins de Paula, com 21 anos na época, foi brutalmente espancado depois de contestar R$ 15 registrados em sua comanda. Ele morreu após passar 22 dias internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa de Santos. O crime ocorreu na madrugada de 7 de julho de 2018.

Além de Thiago Ozarias, mais dois envolvidos foram julgados em 2023. O segurança Sammy Barreto Callender e o dono do bar, Vitor Alves Karan foram a júri n o dia 26 de setembro. O chefe de segurança da casa, Anderson Luiz Pereira Brito, morreu em novembro de 2021, quando ainda estava foragido.

Apesar de não terem agredido Lucas, Sammy e Vitor não impediram o espancamento e, por isso, foram acusados pelo crime.

Sammy e Thiago tiveram suas prisões preventivas decretadas pelo juiz Alexandre Betini, da Vara do Júri de Santos, em agosto de 2018. Vitor estava foragido e foi preso apenas em julho de 2019, um ano após um crime.

Segurança é condenado a 18 anos

Thiago Ozarias Souza, um dos acusados pela morte do estudante Lucas Martins de Paula, de 21 anos, na casa noturna Baccará, em Santos, foi condenado no início da madrugada do dia 21 de setembro de 2023, a 18 anos de prisão em regime fechado. Thiago foi considerado culpado de homicídio triplamente qualificado: doloso, por motivo fútil e sem chance de defesa da vítima.

O julgamento do réu, que era segurança no antigo Baccará, começou por volta das 9h de quarta-feira (20) e invadiu a madrugada da quinta. O júri se reuniu nos primeiros minutos da madrugada para deliberar sobre o caso e decidiu pela condenação do segurança, pelo crime ocorrido em julho de 2018.

O advogado da família de Lucas, Armando de Mattos Júnior, que atuou como assistente de acusação no julgamento, destacou a importância da sentença imposta ao primeiro réu a responder pelo crime na Justiça.

“É uma condenação importantíssima, que traz um pouco de sossego para os familiares da vítima. Na semana que vem teremos outra etapa, com os outros dois réus sendo levados a júri. Mas isso traz um pouco de alento para eles (familiares da vítima)”, disse Mattos Júnior, com exclusividade ao Santa Portal.

O julgamento aconteceu separadamente dos demais envolvidos no crime porque houve recurso por parte das defesas.

O chefe de segurança da casa, Anderson Luiz Pereira Brito, morreu em novembro de 2021, quando ainda estava foragido.

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