13/06/2017

Irmãs registram ocorrência sobre desaparecimento da mãe; mulher e filhas eram agredidas em casa

Por #Santaportal em 13/06/2017 às 12:51

SANTOS – Um boletim de ocorrência sobre o desaparecimento de Maria José de Souza Franklin, mãe da jovem que fugiu de casa por sofrer agressões do pai, foi registrado na manhã de hoje (13) na Delegacia da Mulher, em Santos. A mulher foi vista pela última vez entrando no carro do marido, Joselito Rocha, no domingo (11).

“A gente está preocupada com ela, nós fizemos um boletim de ocorrência de sequestro e agressão domiciliar. Ela sofreu a vida inteira com agressões. A gente vai tentar ajudar ela, mas ela também tem que querer, tem que ter força para se ajudar”, conta Erika Cristina Carballo de Oliveira, uma das filhas de Maria José, mas que foi levada para um abrigo ainda na infância por sofrer agressões do padrasto Joselito.

O caso da família ficou conhecido quando a irmã de Erika, Gloria, de 17 anos, fugiu de casa e teve sua foto divulgada nas redes sociais .
Na segunda-feira (5) ela foi deixada pela mãe na porta da escola, mas, de acordo com a jovem, fugiu para casa de um amigo por não aguentar as agressões sofridas pelo pai Joselito Rocha. A adolescente, de 17 anos, foi em busca da irmã por parte de mãe, que não conhecia e mora em Mongaguá. Ela chegou a ser socorrida por Erika Cristina, mas foi devolvida para os pais cinco dias depois do desaparecimento.

Até a volta da jovem para sua residência, poucas pessoas sabiam do que realmente havia motivado Gloria a fugir. O pai da vítima, Joselito Rocha, teria forçada a menina a fazer um boletim de ocorrência alegando que havia sido aliciada pela mãe de um amigo e estava em cárcere privado. Encorajada pela irmã, pela coordenadora do colégio onde estuda e também por amigos, a adolescente fez um novo registro alegando que foi ameçada de morte pelo pai para fazer a primeira ocorrência. No mesmo dia, Maria José foi levada por Joselito e não foi mais vista.

Erika foi separada da mãe e do padastro por sofrer agressões, e foi encaminhada para um abrigo onde ganhou uma nova família. A jovem, de 23 anos, lembra que desde Maria José também era agredida por Joselito. “Eram cenas fortes de agressões, de tirar sangue dela. Ele deixava ela trancada o dia inteiro no quarto e não tínhamos convívio com as pessoas. Ele não deixava a gente sair de casa por causa dos hematomas”, conta Erika.

A irmã pediu a guarda provisória de Gloria, mas como o caso está em segredo de Justiça, o resultado não pode ser divulgado.

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