25/04/2022

Homem executado em hospital havia sido baleado por ladrão e deixa 4 filhos

Por Santa Portal em 25/04/2022 às 06:52

Reprodução/Guarujá Mil Grau
Reprodução/Guarujá Mil Grau

Executado a tiros por dois homens na manhã de domingo (24), no Hospital Santo Amaro, em Guarujá, quando estava na iminência de receber alta, Gilianderson dos Santos, de 37 anos, tinha quatro filhos, não possuía antecedentes criminais e teria sido baleado na sexta-feira (20) por um ladrão que roubou a sua bicicleta.

A história do assalto foi relatada pela própria vítima à equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e aos policiais militares que a socorreram. Naquela ocasião, Gilianderson contou que o roubo ocorreu às 20 horas, na ciclovia da Rodovia Cônego Domênico Rangoni. Além da bicicleta, o pedreiro teve levada uma mochila.

Apesar de ferido, Gilianderson conseguiu caminhar até a Avenida Bento Pedro da Costa, no Jardim Conceiçãozinha, em Vicente de Carvalho, onde foi socorrido. Uma bala atingiu as costas e saiu pelo abdômen. A outra entrou na coxa e transfixou as nádegas. As características do criminoso não foram informadas e o pedreiro foi levado ao hospital.

O delegado Caio Azevedo de Menezes, da Delegacia de Guarujá, registrou a suposta tentativa de latrocínio. A Polícia Civil aguardava Gilianderson sair do Santo Amaro para ouvi-lo e tentar desvendar a autoria do crime. Porém, dois desconhecidos foram mais rápidos e eficientes, descobrindo o horário em que o pedreiro receberia alta.

(Foto: João da Silva/Especial para o Santa Portal)

Eles chegaram no hospital em duas motos Honda, uma modelo XRE e a outra Twister. Usando capacetes para dificultar a identificação, eles portavam pistolas, abriram fogo contra a vítima, que estava em uma cadeira de rodas, e fugiram em seguida. A ação durou segundos, mas o suficiente para levar pânico a quem estava no Santo Amaro.

O Santa Portal apurou que o pedreiro saiu de casa pela manhã de sexta-feira, sendo a sua família informada à noite sobre a suposta tentativa de latrocínio. Segundo uma irmã de Gilianderson, ele era usuário de drogas, mas desconhecia que o pedreiro estivesse sendo ameaçado de morte.

Após a execução, ela disse ter ouvido boatos de que o irmão foi citado em redes sociais como estuprador, mas ignora a fonte da informação e se procede. Em 2014, em Guarujá, uma mulher morreu linchada depois que uma página no Facebook divulgou fake news e ela foi confundida com sequestradora de crianças para rituais de magia negra. (EF)

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