07/10/2021

Policial civil cai em golpe de precatórios e perde quase R$ 5 mil

Por Santa Portal em 07/10/2021 às 14:02

Divulgação/Banco Central
Divulgação/Banco Central

Casa de ferreiro, espeto de pau. Um policial civil de 62 anos amargou prejuízo de R$ 4.998,50 ao efetuar um Pix e uma transferência eletrônica disponível (TED) em nome de uma mesma pessoa para supostamente antecipar a liberação de precatórios no valor R$ 128.657,45. Ao perceber que havia caído em um golpe, o servidor público compareceu ao 3º DP de Santos, onde o caso foi registrado como estelionato.

A vítima relatou à delegada Edna Fernandes Pacheco Garcia que, na tarde de segunda-feira (4), recebeu mensagem pelo WhatsApp de um número de prefixo 011, que não é da sua lista de contatos. A pessoa desconhecida se identificou como “Letícia”, disse ser secretária de um escritório de advocacia e informou que o policial tinha a “oportunidade” de antecipar o pagamento de precatórios mediante o pagamento de R$ 4.998,50.

Seguindo as orientações da interlocutora, na mesma data, o funcionário público fez um Pix e uma TED nos valores de R$ 2.200,00 e R$ 2.798,50, respectivamente. As transações foram para contas distintas de bancos diferentes, mas ambas vinculadas ao mesmo CPF, em nome de “Rafael Pereira Barros”. Efetuadas as operações, o policial civil não conseguiu mais entrar em contato com a secretária e desconfiou de golpe.

A certeza de estelionato surgiu quando o servidor público conseguiu, por meio da internet, o telefone fixo do escritório de advocacia, localizado em São Paulo, no qual trabalharia Letícia. Ele foi informado que nesta banca de advogados não existe secretária ou outra funcionária com este nome. Um advogado que conversou com o policial o orientou a registrar boletim de ocorrência, porque o escritório não atua com precatórios.

Apesar de estar identificada no sistema bancário a pessoa para a qual o policial transferiu as quantias, o esclarecimento do crime não é tão simples como se imagina. Com atuação em diversas cidades e até estados, as quadrilhas especializadas neste tipo de golpe abrem contas com documentos falsos ou em nomes de falecidos e/ou laranjas. Além disso, as duas contas usadas no estelionato contra o policial civil são virtuais.

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