24/04/2025

Filho de tenente da PM tenta roubar policial militar feminina e é morto com tiro no peito

Por Santa Portal em 24/04/2025 às 20:00

Reprodução
Reprodução

Uma soldado da Polícia Militar reagiu a uma tentativa de roubo e matou um ladrão com um tiro no peito. O acusado é filho de um tenente aposentado da PM e já possuía condenação por assalto. O episódio aconteceu às 4h10 desta quinta-feira (24), em Praia Grande. A agente pública estava à paisana e aguardava por um coletivo em um ponto de ônibus. Um segundo marginal conseguiu fugir e não foi identificado.

O ponto fica na esquina das avenidas Dr. Roberto de Almeida Vinhas e dos Sindicatos, no bairro Mirim. A policial estava a caminho do trabalho, no Centro de Operações da PM, em Santos, quando foi abordada pelos dois homens, que chegaram em bicicletas e anunciaram o assalto. Um deles conseguiu escapar, atravessando a Via Expressa Sul em direção à região conhecida por 3ª zona.

O outro ladrão foi baleado e caiu no local com a bicicleta preta que pedalava, morrendo antes da chegada de uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Ele trajava bermuda preta, moletom camuflado cinza e trazia uma mochila nas costas. O caso foi registrado na Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Praia Grande. Posteriormente, ele foi identificado pelo próprio pai, tenente reformado da PM.

Condenação

O oficial aposentado informou que o acusado morto pela soldado é o seu filho, Raphael Pupo Ranulpho, de 29 anos. Segundo o pai, ele soube do ocorrido ao acessar grupos de mensagem compostos por colegas da corporação. Neles foram divulgados dados sobre a ocorrência e a fotografia do homem baleado pela soldado. Ao reconhecê-lo, o tenente compareceu à CPJ para fornecer a sua identificação.

Raphael foi condenado a cinco anos de reclusão, em regime inicial fechado, por um roubo que cometeu com o uso de um simulacro de arma de fogo, em novembro de 2016, no Boqueirão, em Praia Grande. O réu recorreu e o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) reduziu a pena para quatro anos, estabelecendo o regime semiaberto para o início de seu cumprimento.

“Perdeu, já era”

A policial detalhou que havia outra mulher no ponto. Inicialmente, os acusados passaram com as bicicletas por elas, mas retornaram cerca de dez minutos depois e disseram “as duas aí, perdeu, já era”. Enquanto um deles ficou mais recuado para dar cobertura ao comparsa, o outro colocou a mão na cintura e ameaçou sacar uma arma de fogo, motivando a reação da soldado.

Para o delegado que atendeu o caso, os indícios são de que a militar agiu em situação de legítima defesa. Segundo a policial, a outra vítima ficou muito nervosa com a tentativa de roubo e os tiros, dizendo que estava passando mal. Momentos depois, chegou um conhecido dela no ponto de ônibus com um carro e lhe deu carona. Por esse motivo, a soldado não conseguiu anotar os dados dessa mulher. (EF)

loading...

Este site usa cookies para personalizar conteúdo e analisar o tráfego do site. Conheça a nossa Política de Cookies.