Desaparecimento do soldado Luca Romano completa um mês e buscas continuam

Por Santa Portal em 14/05/2024 às 06:00

Reprodução
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O soldado da Polícia Militar (PM) Luca Romano Angerami segue desaparecido mesmo após um mês de buscas pelo seu paradeiro na região. O PM desapareceu na madrugada do dia 14 de abril, e teve seu carro encontrado abandonado às margens da Rodovia Cônego Domênico Rangoni. 

Desde então, a Polícia Civil, com o apoio da Polícia Militar, tem realizado diversas incursões no Santo Antônio, bairro em que o PM foi visto pela última vez, e também na comunidade da Vila Baiana, na Enseada, onde foi encontrado um cemitério clandestino e várias ossadas e corpos foram desenterrados pela polícia

Na última sexta-feira (10), um homem, de 41 anos, foi capturado por PMs em cumprimento a mandado de prisão temporária expedido pela Justiça. Ao todo, nove suspeitos de participação no desaparecimento já foram identificados e presos.

Durante as ações conjuntas das polícias Civil, Militar e Corpo de Bombeiros após o desaparecimento do soldado da PM, oito corpos foram localizados. Já no último dia 27, peritos foram até um ponto específico do Morro da Baiana, em Guarujá, recolher vestígios genéticos em uma cova. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), ainda não há como aferir se são humanos. Já no dia 30, policiais civis encontraram uma cova com vestígios de um cadáver na Rua Argentina, no bairro Jardim Vitória.

Relembre o caso

O policial militar Luca Romano Angerami desapareceu na madrugada de 14 de abril, em Guarujá. Lotado no 3º BPM/M, na Zona Sul de São Paulo, o PM teve o seu Toyota Corolla prata achado abandonado às margens da Rodovia Cônego Domênico Rangoni, em Guarujá. O carro estava na altura do km 7.

O desaparecimento do policial militar segue em investigação pela Polícia Civil com apoio da Polícia Militar. Segundo a SSP, houve incremento do efetivo na região para reforçar o policiamento e a segurança, além de auxiliar nas buscas pelo soldado.

O que se sabe sobre sumiço de PM

A Polícia Civil trata o caso como homicídio, já que dois suspeitos presos dizem que o PM foi assassinado. Em conversa pelo WhatsApp, um dos presos indica ligação com PCC e afirma que o policial foi morto. Já o outro preso, Edivaldo Aragão, diz que o soldado foi baleado e jogado em um rio em São Vicente após ter as pernas amarradas. Eles foram presos por suspeita de envolvimento nos crimes de homicídio, sequestro, roubo e tráfico de drogas.

Aragão disse que Angerami “estava muito louco” e foi abordado por pessoas ligadas ao tráfico de drogas “porque tinha uma mulher gritando no carro”. Em depoimento, o irmão de Angerami havia dito que o PM teria ido a um estabelecimento. De lá, teria mandado mensagem para uma mulher que também estava no local.

O carro do PM, um Corolla de cor prata, foi encontrado na Rodovia Conego Domenico Rangoni, em Guarujá. O veículo estava aberto, com as chaves no porta-malas e sem o estepe.

A Polícia Civil investiga se carro com cobertor e terra foi usado em sumiço de PM. O objetivo é verificar se há no veículo, encontrado no dia 19, material genético do soldado desaparecido para fazer eventual coleta de DNA.

pai do PM desaparecido fez um apelo em vídeo publicado em suas redes sociais para que os crimonosos revelem onde seu filho teria sido morto. “Eu quero o corpo, quero chorar o meu filho. Acho que qualquer um entenderia, qualquer pai. Vocês também são pais. Devolve para mim, firmeza? Eu sempre foi sujeito homem. Por favor, eu tenho direito de chorar o meu filho”, disse Renzo Angerami, que é investigador da Polícia Civil. O soldado desaparecido é de uma família de policiais. Alberto Angerami, avô dele, já foi delegado-geral adjunto da Polícia Civil de São Paulo.

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