Batalhões da PM em Guarujá, Santos e São Vicente foram os que mais mataram em 2024

Por Marcela Morone em 02/10/2025 às 15:00

Divulgação/PM
Divulgação/PM

A Baixada Santista registrou 132 mortes decorrentes de intervenção policial em 2024, segundo levantamento do Fórum Popular de Segurança Pública e Política de Drogas de São Paulo (FPPDSPSP). O estudo aponta que três batalhões da Polícia Militar (PM), que atuam principalmente em Guarujá, Santos e São Vicente concentraram mais de 90% dos casos na região.

No ano passado, o 21º BPM/I (Guarujá, Bertioga e Cubatão) liderou o ranking, com 44 mortes decorrentes de intervenção policial. Logo atrás ficaram o 6º BPM/I (Santos), com 41, e o 39º BPM/I (São Vicente), com 37. Juntas, as três unidades responderam por 92,4% das 132 mortes contabilizadas na região. O 29º BPM/I, que atua em Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe, com seis mortes e o 45º BPM/I, que atua em Praia Grande, com quatro mortes, completam a lista.

Em um recorte mais detalhado, o território da Delegacia do Guarujá, com 25 mortes e o 5º DP de Santos, com 24 mortes, foram os territórios com maior incidência. O território do 2º DP de São Vicente também apresentou um número elevado (21 mortes).

Entre janeiro e junho de 2025, os números caíram para 26 mortes, mas os mesmos batalhões continuaram no topo do ranking. O 21º BPM/I se manteve no topo, com 11 ocorrências, seguido pelo 6º e pelo 39º BPM/I, com cinco registros cada. O 29º BPM/I contabilizou três mortes e o 45º BPM/I, duas.

Segundo o Fórum, a redução registrada no primeiro semestre de 2025 é efeito da visibilidade nacional e internacional das operações Escudo e Verão, e não de uma mudança estrutural. Entre 2023 e 2024, as operações resultaram em 84 mortes na região. Apesar da queda, o padrão territorial e a concentração da letalidade nos mesmos batalhões permaneceram.

De acordo com o levantamento, 66,6% das vítimas eram pessoas negras (pretas ou pardas) e 32% tinham entre 18 e 29 anos.

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