Após morte de namorada de Iago em Guarujá, pai agradece orações por recuperação do filho
Por #Santaportal em 15/05/2020 às 12:36
POLÍCIA – Iago Matheus Fortes de Andrade, de 24 anos, passa bem, depois de internação por ter sido atingido em meio aos disparos que mataram a namorada Débora Raquel Silva, de 28, ocorrido na noite de segunda-feira (11) no bairro Paecará, em Vicente de Carvalho, em Guarujá.
O acusado é o policial militar Edgar de Oliveira Fonseca, de 33 anos, que negou os fatos na presença do advogado. Ele foi enquadrado em homicídio qualificado tentado e um feminicídio consumado e levado para o Presídio Militar Romão Gomes, segundo apuração do #Santaportal, mas as investigações continuam. O caso foi registrado na Delegacia Sede de Guarujá.
Gilson Correia, pai de Iago, não escondeu a felicidade nas redes sociais. “Deus é bom o tempo todo. Meu filho está bem, graças a Deus. Agradeço todas as oreações e muito obrigado de coração a todos mesmo. Só tenho a agradecer grandemente”, escreveu.
Segundo Iago disse à polícia, Débora já tinha relatado que o ex-companheiro era policial, não aceitava o fim da relação e o ameaçava. Ele conta que Edgar chegou de moto com um capacete preto, sem queixeira e viseira transparente levantada, sacando uma pistola, enquanto Débora gritava assustada “É o Edgar, É o Edgar”, “Para, Edgar, Para, Edgar”.
Quando começaram os tiros, Iago correu. Disse ter ouvido um tiro que foi em sua direção e “outros quatro ou cinco”. Ao ser apresentada a fotografia do acusado, reconheceu Edgar como sendo o autor.
Também à polícia, Sandra Pires Fortes, mãe de Iago, disse que estava em casa, ouviu os gritos de Débora por socorro e foi até o lado de fora. Não viu o filho, mas apenas o autor, depois reconhecido pessoalmente por ela. O corpo da vítima estava mais à frente. Sandra também disse ter encontrado um estojo de munição e o recolheu. Outros dois foram achados.
Em depoimento à polícia, Edgar contou que é policial militar em Santos e alegou que estava de serviço até 22 horas, que saiu cinco minutos depois e foi para sua casa em Guarujá, chegando por volta de, no máximo, 22h40. Disse que desconhecia o ocorrido, que sequer sabia que ela namorava e que não conhecia o rapaz. Os policiais estiveram na casa dele à 0h27 de hoje. Além da possível arma do crime, foram encontrados no local a moto e quatro capacetes, sendo que um deles foi reconhecido por Iago como o que estaria sendo usado por Edgar.
No mesmo depomento, Edgar, que tem dois filhos – um menino de 6 anos e uma menina de 8 – com Débora, alega também que não estavam brigando nem tiveram relacionamento conturbado da parte dele. Segundo o policial, era Débora quem o perturbava, pois quem terminou a relação foi ele.
Amigos ligados ao casal, que não quiseram se identificar, disseram ao #Santaportal que não foi a primeira vez que tinham se separado por ciúmes. Porém, ele nunca demonstrou qualquer indício de que cometeria algo assim. No entanto, houve registro há alguns anos por parte de Débora na Delegacia da Defesa da Mulher de Guarujá contra Edgar.
