Cães recebem coleiras contra a leishmaniose visceral em Santos

Por Santa Portal em 19/09/2021 às 16:44

Isabela Carrari/Prefeitura de Santos
Isabela Carrari/Prefeitura de Santos

Os cães de moradores do Marapé e Caneleira, em Santos, receberam 106 coleiras repelentes para combater a infecção pela leishmaniose visceral neste domingo (19). A ação aconteceu durante a manhã, e foi realizada pela prefeitura, com foco nos cães que têm a doença e naqueles que são sadios e vivem a um raio de 100 metros de distância dos infectados.

Ao todo, 64 coleiras foram colocadas em cães na Caneleira, e 42 no Marapé. Alguns precisaram trocar o acessório antigo, e outros receberam pela primeira vez. 

O objetivo do uso da coleira é espantar o mosquito-palha, transmissor da doença. O Marapé é a área de maior incidência da leishmaniose em Santos. Na Caneleira, o primeiro caso surgiu neste ano e, por isso, o bairro também se tornou foco da ação.

“A leishmaniose é uma zoonose que a gente acompanha em Santos desde 2015. Até agora, só temos casos caninos dessa doença, não há casos humanos confirmados. Nosso foco é controlar a doença nos animais para que diminua o risco dela ser transmitida para o ser humano. A gente faz isso por meio das coleiras, pesquisas e orientação”, explica Alexandre Nunes, veterinário da Seção de Vigilância e Controle de Zoonoses (Sevicoz), da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), órgão responsável pela ação.

Atualmente, a Sevicoz monitora 42 cães com a doença, trocando as coleiras, que têm validade de oito meses. O órgão não faz distribuição aleatória do acessório.

Leishmaniose visceral

A leishmaniose visceral é uma doença crônica. Os sintomas demoram de dois a três anos para aparecer no animal e incluem pele e mucosas com feridas; queda de pelos da orelha e em volta do nariz; emagrecimento e crescimento exagerado da unha.

Com seu avanço, os órgãos internos como fígado, baço e pulmão são afetados. Não há cura, mas quanto mais cedo se detecta, mais fácil é o tratamento e o controle. O animal tem que ser monitorado pelo resto da vida.

As coleiras repelentes previnem que o mosquito-palha pique cães infectados e se torne transmissor da doença para outros animais e pessoas.

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