Santos tem menor taxa de cobertura vacinal contra HPV em seis anos

Por Anna Clara Morais em 25/09/2025 às 06:00

Reprodução/Raimundo Rosa/Arquivo/PMS
Reprodução/Raimundo Rosa/Arquivo/PMS

Santos registrou a menor cobertura vacinal contra o Papilomavírus Humano (HPV) dos últimos seis anos, em 2024. No ano anterior, apenas 77,57% dos adolescentes de 14 anos se vacinaram, antes disso, a pior taxa de vacinação desta faixa etária havia sido em 2018, quando somente 68,10% foram imunizados. Os dados são do painel de monitoramento do Ministério da Saúde

Em 2023, o município apresentava a maior cobertura vacinal para 14 anos da Baixada Santista, com 97,22% de vacinados, o que representa uma queda brusca de cerca de 20% de um ano para o outro. 

Os números também demonstram diminuição da cobertura vacinal contra o HPV na faixa dos nove anos de idade, quando apenas 56,53% se vacinaram em 2024, 8,43% a menos do que em 2023. 

Até a última atualização disponível no painel, em 2025, 73,97% dos santistas de 14 anos já se vacinaram, enquanto que apenas 31,18% das crianças de nove anos se imunizaram. 

No entanto, o cenário é diferente na maioria dos municípios da Baixada Santista. A taxa de vacinação de ambas as faixas etárias apresentaram aumento percentual de 2023 para 2024 em seis cidades (veja na tabela abaixo). 

Vacina; um ato de amor e proteção

É a partir dos nove anos que a vacina do HPV é aplicada, tanto em meninos, quanto em meninas, isto porque, é a idade em que o sistema imunológico responde melhor a vacinação, produzindo mais anticorpos do que adultos produziriam, de acordo com a médica ginecologista, Fernanda Nassar. 

Além disso, outro fator determinante para a aplicação do imunizante nesta faixa etária é a prevenção dos indivíduos antes do início da vida sexual. 

“É um vírus muito comum transmitido, principalmente, via contato sexual. Por isso, a vacinação acontece antes de qualquer possível exposição. Isso garante que todos os adolescentes e crianças estejam protegidos antes do contato com o HPV”, explica. 

Existem mais de 200 tipos diferentes do vírus, sendo divididos em baixo e alto risco, pois podem causar desde verrugas genitais, até estarem diretamente associados a diversos tipos de câncer. 

“A principal e mais grave consequência da infecção persistente por um tipo de HPV de alto risco é o desenvolvimento do câncer, sendo o de colo de útero o mais comum. Mesmo assim, também está fortemente associado aos cânceres de vagina, vulva, ânus, pênis e orofaringe. Os tipos de baixo risco podem causar as verrugas genitais, que apesar de não evoluírem para o câncer, são de alto contágio e trazem um significado muito impactante psicossocial e na qualidade de vida da pessoa infectada. Por isso, reforço que a vacina é um ato de amor e de proteção”. 

Cobertura vacinal – Baixada Santista

Fonte: Ministério da Saúde
Fonte: Ministério da Saúde
Fonte: Ministério da Saúde
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