Audiência sobre o caso do PM que matou adolescente em baile funk acontece nesta segunda-feira
Por Santa Portal em 17/10/2022 às 06:00
A Justiça irá ouvir, nesta segunda-feira (17), as testemunhas de acusação do caso envolvendo a morte de um adolescente durante um baile funk, em Peruíbe. As testemunhas do caso são protegidas pela Justiça e os depoimentos serão feitos via chamada de vídeo.
O crime aconteceu em 2018 e testemunhas afirmam que o disparo foi da arma do sargento da Polícia Militar, Flávio Sabino, que tentava dispersar as pessoas que estavam no local.
De acordo com o advogado de acusação, Enio Pestana Júnior, após o caso, o sargento foi retirado das ações na rua e transferido para o trabalho interno. Em março deste ano, ele prestou depoimento sobre o caso e negou ter atirado no adolescente.
Em depoimento, o agente alega ter atirado apenas uma vez e em direção ao mar. Na ocasião, ele também afirmou que disparou após ouvir dois tiros.
No dia do baile funk, a Polícia Militar (PM) foi acionada para conter as pessoas que estavam aglomeradas na orla da praia. Na época, a Prefeitura de Peruíbe afirmou que o evento era proibido pelo Código de Postura da cidade.
Relembre o crime
O adolescente Rodrigo Marques de Almeida, de 15 anos, foi morto com um tiro na cabeça em meio a um baile funk em Peruíbe, no dia 23 de dezembro de 2018.
De acordo com o boletim de ocorrência feito na época, às 4h37, foi aberto um chamado no 190 a respeito de um roubo que havia acabado de ocorrer na Praça Melvin Jones Aven, no Centro de Peruíbe. Os policiais, Sabino e outros dois, também receberam um alerta de um baile funk na orla da praia.
No relatório final da Secretaria de Segurança Pública (SSP), consta que os policiais foram até o local do baile, sendo recebidos pela multidão com hostilidade, xingamentos e arremesso de garrafas.
Os policiais se separaram, e um deles ouviu três tiros nos arredores. Eles teriam se reunido novamente, e constataram Rodrigo na areia da praia, com uma marca de disparo na cabeça.