15/08/2021

Medalha de bronze olímpica de Poliana Okimoto completa 5 anos

Por Rodrigo Martins em 15/08/2021 às 16:35

Satiro Sodré/SSPress
Satiro Sodré/SSPress

No dia 15 de agosto de 2016, Poliana Okimoto entrava para a história do esporte brasileiro ao ser a primeira mulher a conquistar uma medalha na natação dos Jogos Olímpicos. A então nadadora da Universidade Santa Cecília (Unisanta) foi medalhista de bronze na prova de maratona aquática dos Jogos Olímpicos Rio 2016.

Através de suas redes sociais, a ex-atleta relembrou os cinco anos dessa conquista. “Há 5 anos eu realizava o maior sonho da minha vida profissional. Me tornar a primeira nadadora brasileira a subir ao pódio olímpico não foi fácil, tive que deixar muita coisa pra trás, dedicar minha vida toda pra perseguir esse sonho, mas posso dizer que tudo valeu muito a pena”, escreveu.

Em entrevista exclusiva ao Santa Portal no ano passado, Poliana disse que o bronze no Rio 2016 foi um marco em sua trajetória no esporte. “Toda vez que a gente começa a lembrar da medalha, de como foi aquele dia, principalmente em uma marca como essa, as lembranças são muito nítidas e o sentimento também muito forte ainda. Passa um filme pela cabeça, de tanto esforço, da rotina pesada de treinamentos, dos sacrifícios que são feitos. Sei que tudo que eu passei valeu a pena quando eu subi naquele pódio, principalmente em uma Olimpíada dentro de casa. A gente sabe que pouquíssimos atletas têm essa oportunidade de conquistar uma medalha dentro de casa, subir ao pódio dentro de casa e ver a nossa torcida vibrando por nós. Ter conquistado essa medalha foi a realização de um sonho, de uma vida toda”, disse a medalhista olímpica.

O bronze na maratona aquática quase não veio para o Brasil. Poliana Okimoto acabou a prova em quarto lugar, após ser ultrapassada pelas rivais que vinham lutando com ela braçada a braçada durante todo o percurso dos 10 Km no mar de Copacabana.

Foi somente depois da prova, já nos braços do marido-técnico, que Poliana viu no placar seu nome ganhar a terceira posição. A francesa Aurelie Muller, inicialmente segunda colocada, foi desclassificada, por ter segurado outra adversária no momento da batida na placa de chegada.

Com isso, o bronze tinha uma nova dona: Poliana Okimoto, que se tornou a primeira medalhista mulher da natação do país.


Foto: Satiro Sodré/SSPress

Segundo a ex-nadadora, nada disso teria sido possível se não fosse o apoio de sua família e do técnico Ricardo Cintra, que também é marido de Poliana. “O atleta não é ninguém sozinho. Ele não consegue chegar ao ápice do esporte de altíssimo rendimento, se ele estiver sozinho. A gente conta com um grupo de pessoas que trabalham e apoiam esse atleta até a chegada dele no pódio. Por isso, eu digo que essa medalha é de muita gente: do meu marido, que foi meu treinador; da minha família; é também de alguns amigos que me ajudaram nesses momentos; da minha equipe multidisciplinar e é também da Unisanta por ter estado comigo em todos os momentos, tanto bons quanto ruins, principalmente quando eu tive que conviver com lesões”, afirmou.

A medalhista olímpica reconhece que o apoio de sua equipe na época, a Unisanta, foi fundamental para o sucesso nas Olimpíadas. “A Unisanta esteve comigo e foi essencial para eu conquistar os meus objetivos. A Família Unisanta sempre me apoiou, esteve ao meu lado. É uma gratidão eterna que eu tenho dentro do meu coração pelo Dr. Marcelo Teixeira e por toda a Família Teixeira, bem como pela Unisanta, por terem estado comigo nessa conquista que marcou a minha vida”, agradeceu.

O pró-reitor administrativo da Unisanta, Marcelo Teixeira, relembra com carinho da conquista de Poliana no Rio. “Era o principal evento esportivo realizado no país, com muitos investimentos e a expectativa que o Brasil tivesse a sua melhor participação de resultados e medalhistas. Na Maratona Aquática tanto a Ana Marcela como a Poliana estavam muito bem treinadas, davam como certa no mínimo uma medalha, mas os otimistas e comentaristas afirmavam que as duas poderiam estar no pódio. Em uma chegada dramática, a Poliana ficou com merecimento com o bronze. Coroou uma brilhante carreira esportiva. O Ricardo Cintra era o seu técnico e é o seu marido, outro maravilhoso exemplo, de harmonia, respeito, amor, tanto nos trabalhos técnicos/esportivos como no lar. Deus sabe o que faz, os elogios e holofotes foram para a Poliana, que encerrou a sua trajetória esportiva com chave de ouro”, disse.


Foto: Divulgação/Assecom Unisanta

Agora fora das competições, Poliana Okimoto viu a sua medalha abrir espaço para uma nova conquista do Brasil nas Maratonas Aquáticas. Nos Jogos de Tóquio, a também atleta ceciliana, Ana Marcela Cunha, conquistou o ouro nos 10 km em águas abertas.

Para Marcelo Teixeira, as medalhas de Poliana e Ana Marcela comprovam o trabalho de sucesso da Unisanta nos esportes aquáticos. “Cinco anos após essa medalha histórica da Poliana, a Ana Marcela brilhou com o ouro. Possuir as duas únicas medalhas da natação brasileira feminina é uma honra para a Unisanta. Mas, acima de tudo, é fruto de um planejamento de muito sucesso, com pioneirismo e inovação, com altos investimentos para estruturar a modalidade no país”, concluiu.


Foto: Divulgação/Assecom Unisanta


Foto: Satiro Sodré/SSPress

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