Lauro Chaman (paraciclismo) | “Tem que acreditar nos nossos sonhos”
Por Guilherme Esron em 18/08/2021 às 10:12
Medalhista de bronze no ciclismo contra-relógio e prata no ciclismo de estrada na Rio 2016, Lauro César Mouro Chaman chega para os Jogos Paralímpicos de Tóquio como um dos principais nomes da modalidade e da delegação brasileira.
Natural de Araraquara, no interior de São Paulo, Lauro Chaman nasceu com o seu pé esquerdo virado para trás. Após passar por uma cirurgia, acabou perdendo os movimentos do seu tornozelo, e isso levou ao atrofiamento da panturrilha.
Ele conta que sempre usou a bicicleta como meio de transporte, para fazer favores à família, ir à escola e chegou até mesmo a participar de competições no esporte convencional.
Aos 19 anos de idade, ele passou a competir nas modalidades paraolímpicas, participando de competições de mountain bike e umas provas de estrada onde está até hoje.
Títulos
Neste último ciclo olímpico, Lauro foi campeão mundial de estrada em 2017, campeão geral da Copa do Mundo também em 2017, vencendo algumas etapas. No ano seguinte, foi campeão mundial de pista (aqui no Brasil). Ganhou etapas da Copa do Mundo também.
Em 2019, voltou a ser campeão geral da Copa do Mundo e ganhou o Ranking Mundial. Por conta da pandemia, 2020 não teve competição paraolímpica. E agora em 2021, ele foi campeão mundial de estrada mais uma vez.
Seu maior ídolo no esporte é Ayrton Senna. De acordo com Lauro, o legado do piloto é muito grande e é por isso que ele admira.
O Brasil vai para Tóquio com a maior delegação da história em Jogos fora do país. E o paraciclismo é uma das grandes chances de medalha do Time Brasil na competição. Lauro e toda a seleção está com boas expectativas.
“A gente tem que acreditar nos nossos sonhos. Eu acredito que a vida é feita de sonhos, e os sonhos para serem realizados. A gente tem que correr atrás dia a dia, trabalhar muito e se dedicar muito e fazer o máximo para ter merecimento de conquistar tudo o que o esporte pode nos oferecer”.
Lauro representará o Memorial/Fupes, e conta com incentivos da Prefeitura de Santos, do comitê Paraolímpico, do Ministério de Esportes, através do Bolsa Atleta, do Governo do Estado de São Paulo e das Loterias Caixa.