Presidente da Confederação Brasileira de Skate fala sobre medalhas e projeto em Santos

Por Lucas Krempel em 04/08/2021 às 18:38

Responsável por duas medalhas olímpicas para o Brasil, até o momento, o skate teve uma estreia impecável nas Olimpíadas. Rayssa Leal e Kelvin Hoefler conquistaram a prata na modalidade street e impulsionaram ainda mais o skate no País.

Nesta quarta-feira (4), às 21h, o Brasil pode conquistar mais medalhas, com Luiz Francisco (terceiro do ranking mundial), Pedro Barros (quarto) e Pedro Quintas (décimo), na modalidade park.

Direto de Tóquio, o presidente da Confederação Brasileira de Skate (CBSk), o santista Eduardo Musa, conversou com o Santa Portal sobre os resultados e perspectivas para o futuro do esporte nas próximas competições.

Parceria com Santos

Além disso, o dirigente sinalizou que uma parceria com a prefeitura de Santos trará boas notícias para o esporte em breve. “Estamos trabalhando em conjunto com a prefeitura de Santos no projeto do novo emissário e muito em breve devemos ter boas novidades”.

Questionada sobre a parceria com a CBSk, a Prefeitura se limitou a dizer que deu início à remodelação do trecho de acesso ao Parque Roberto Mário Santini, que deverá abrigar o projeto Novo Quebra-Mar. As obras em curso, custeadas com recursos municipais, iniciadas no último dia 19, são preparatórias ao projeto macro de remodelação do parque.

O Município também destacou que dá sequência ao diálogo com os governos federal e estadual para o recebimento de recursos que serão utilizados para a reforma da parte isolada do parque, cujo projeto de revitalização prevê a remodelação da pista de skate, entre outras atividades de lazer.

De acordo com Musa, o desempenho dos atletas em Tóquio é “a reafirmação de que o skate brasileiro é muito forte e que o trabalho de estruturação desempenhado pela Confederação está no caminho certo”.

“Pelo nível dos seis skatistas que defenderam o Brasil, isso nos permitia até sonhar com mais medalhas, mas o resultado é excelente. São pódios históricos. Primeira medalha do Brasil em Tóquio e a mais jovem atleta brasileira a conquistar uma medalha olímpica”, comemora o dirigente.

Os medalhistas do skate

O santista também elogiou bastante Rayssa pela conquista da prata e sua postura durante os jogos.

“Apesar da pouca idade, a Rayssa tem uma postura muito madura em relação a todo esse momento. Agora, ela é uma menina de 13 anos e acredito que seja saudável para ela vivenciar tudo isso pelo prisma de alguém da idade dela. Como ela mesma brinca e fala nas entrevistas, ela está se divertindo, fazendo o que ama. Esperamos que ela siga assim”.

As desavenças com Kelvin Hoefler, de Guarujá, foram minimizadas por Musa. Para o dirigente, as diferenças existem, mas já receberam mais atenção do que deveriam.

“Vamos resolver internamente. Que o assunto abordado seja a medalha conquistada pelo Kelvin, pois ele mereceu”.

Aliás, o desempenho dos brasileiros em Tóquio certamente vai impulsionar ainda mais o esporte no País, aposta Musa.

“O Brasil é um celeiro de skatistas. O que a gente precisa – e já estamos fazendo isso – é trabalhar cada vez mais a formação. Por isso, montamos uma Seleção Brasileira de base. Pensando em incentivar a prática, estabelecemos uma parceria com a Secretaria Especial do Esporte para a implantação do projeto Skate Escola, que prevê aulas de skate para alunos da rede pública. Além disso, seguimos buscando conscientizar o poder público sobre a importância de se buscar assessoria especializada no momento da construção de uma pista. O problema no Brasil não é tanto a quantidade, mas a qualidade das pistas”.

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