Rayssa Leal é prata no skate em Tóquio-2020 e faz história aos 13 anos

Por Folha Press em 26/07/2021 às 01:39

Wander Roberto/COB
Wander Roberto/COB

A skatista Rayssa Leal, 13, gravou seu nome na história do esporte e dos Jogos Olímpicos nesta segunda-feira (26), com a medalha de prata na categoria street das Olimpíadas de Tóquio-2020.

Essa é a primeira vez que o skate é disputado nos Jogos, e o Brasil já havia saído com uma medalha no primeiro dia do street, a prata de Kelvin Hoefler neste domingo (25). As provas da categoria park serão realizadas em 4 e 5 de agosto.

Se antes havia a expectativa de um pódio duplo ou até triplo, já que o Brasil tinha algumas das principais participantes da prova, coube a Rayssa a responsabilidade de buscar a medalha sozinha, após as surpreendentes eliminações de Pâmela Rosa e Leticia Bufoni nas eliminatórias.

Rayssa Leal, fenômeno do esporte aos 13 anos, é a participante mais nova do Brasil na história dos Jogos e agora também a mais nova medalhista do país.

Natural de Imperatriz (MA), ela ganhou projeção nas redes sociais aos 6, com um vídeo em que aparecia acertando manobras vestida com uma fantasia da personagem Sininho. Isso lhe rendeu o apelido de Fadinha, que a acompanha até hoje.

Nos últimos anos, a atleta de 1,47 m de altura e 35 kg se tornou um dos principais nomes do street no mundo. Foi vice-campeã mundial em 2019 e chegou bem cotada para as Olimpíadas.

O surgimento dela e de outras adolescentes com destaque no skate alimentou o debate sobre a criação de um limite mínimo de idade para participar dos Jogos, algo que já ocorre em outros esportes, como a ginástica artística. O tema deve ser discutido para a próxima edição, em Paris-2024.

No Japão, Rayssa está acompanhada da mãe, Lilian, que tem acesso à Vila Olímpica. Nos últimos dias, ela viralizou ao chamar a lenda Tony Hawk de “tio”, interagir com famosos nas redes sociais e ser adotada com carinho pela torcida brasileira.

Ela, que costuma definir sua relação com o esporte como uma “brincadeira com responsabilidade”, de fato conseguiu encarar a pressão da estreia olímpica de maneira leve e concluiu da forma como está acostumada: sorrindo e com uma medalha no pescoço.

Rayssa Leal prateada, mas Pâmela Rosa lesionada

A skatista brasileira Pâmela Rosa, líder do ranking mundial, revelou nas redes sociais na madrugada desta segunda-feira (26) que competiu lesionada nas Olimpíadas de Tóquio-2020, pouco depois de se despedir da competição. Ela publicou uma foto no Instagram do tornozelo inchado e com hematomas.

“Mais uma vez enfrentei uma competição lesionada, mas essa lesão não me parou, fui até onde consegui”, escreveu na legenda da publicação.

Pâmela também agradeceu a oportunidade de participar dos Jogos Olímpicos: “Agradeço imensamente todas as energias positivas, toda torcida e todo o apoio”.

Uma das favoritas no skate street, Pâmela teve uma má atuação e foi eliminada ainda nas eliminatórias, em que ficou na décima colocação, com 10.06 pontos. A também brasileira Letícia Bufoni foi outra a ser desclassificada antes da final.

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