Com recorde, revezamento é 3º e conquista 10ª medalha do Brasil na natação
Por Folha Press em 28/08/2021 às 10:10
A décima medalha da natação do Brasil nas Paralimpíadas veio com recorde de Gabriel Bandeira e sorte, com a eliminação do time russo. Neste sábado (28), a equipe conquistou o bronze na prova do revezamento 4×100 metros livre da classe S14 (para atletas que possuem deficiência intelectual) em Tóquio.
Assim, o país passa a somar dois ouros, duas pratas e seis bronzes na modalidade nesta edição dos Jogos Olímpicos. Os atletas Gabriel Bandeira, Ana Karolina, Debora Carneiro e Felipe Vila Real fizeram o tempo de 3min51s23.
A equipe brasileira foi favorecida pela eliminação dos russos, que até chegaram em terceiro lugar, mas foram desclassificados. A organização não divulgou o motivo da punição, mas o terceiro atleta do time russo continuou na água depois de nadar e aparentemente tocou na borda da piscina. Por isso, o gráfico da transmissão chegou a mostrar que a Rússia havia completado a prova antes de a quarta nadadora chegar no fim.
Já Gabriel brilhou ao estabelecer um recorde, o individual dos 100m livre da classe S14 ao cravar 51s11. Ele deixou para trás, assim, a marca anterior de 51s52 do britânico Reece Dunn. Isso só foi possível porque o nadador do Praia Clube, de Belo Horizonte, foi o primeiro a nadar pelo Brasil, largando a partir do sinal sonoro.
Gabriel também faturou sua terceira medalha em Tóquio. Antes, havia sido ouro nos 100m borboleta S14 e prata nos 200m livre S14, se transformando em um dos destaques do Brasil nesta edição das Paralimpíadas. Ele ainda nada os 100m livre, agora como recordista mundial, os 100m costas e os 200 medley.
A Grã-Bretanha conquistou o ouro com o tempo de 3min40s63, um novo recorde mundial, e a Austrália ficou com a prata com o tempo de 3min46s38.
A PROVA
Quem abriu a prova pelo Brasil foi Gabriel Bandeira, que fez uma ótima largada e entregou na primeira colocação. Ana Karolina nadou na segunda parcial, porém a Austrália virou em primeiro, deixando a brasileira para trás.
Debora entrou na terceira parcial e o Brasil finalizou a prova com Felipe, que nadou para alcançar o pódio. A equipe havia se classificado à final com os mesmos nadadores, com o tempo de 3min52s91, na quarta colocação.
Na última quinta-feira, um outro quarteto brasileiro entrou na piscina em Tóquio e conquistou a medalha de bronze no revezamento 4×50 metros livre até 20 pontos, com Daniel Dias, Patrícia Pereira dos Santos, Joana Maria e Talisson Glock.
Com mais essa medalha da natação, o Brasil passa a somar 22 nas Paralimpíadas de Tóquio. São seis de ouro, cinco de prata e 11 de bronze. Já são cinco conquistadas neste sábado: foram duas no atletismo, com a prata de Thalita Simplicio nos 400m rasos T11 e o bronze de Julyana da Silva na classe F57 do lançamento de disco. Ainda houve outros dois bronzes, de Cátia Oliveira nas classes 1 e 2 do tênis de mesa, e de Lúcia Araújo, na categoria até 57kg do judô.
Também nas finais deste sábado da natação, a norte-americana Jessica Long conquistou a 25ª medalha da sua carreira nas Paralimpíadas. Ela se consagrou tricampeã paralímpica nos 200m medley SM8 (para atletas com falta de coordenação motora, transtorno do movimento nas pernas, um dos braços aptos, ou com ausência de membros, de baixo grau) com o tempo de 2min41s49.
Phelipe Rodrigues foi quarto colocado nos 100m livre da classe S10, Susana Schnarndorf terrminou em oitavo nos 150m medley da SM4 e Roberto Alcalde ficou em sétimo nos 100m peito da SB5.